Em comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de apresentação dos resultados do primeiro semestre, o grupo de distribuição destaca o impacto das pressões inflacionistas.
Mas garante: "o esforço de contenção dos preços de venda será mantido, num contexto em que a inflação ao nível dos custos aumentará a pressão sobre as margens percentuais das nossas insígnias".
"Desde o início do conflito militar, tem-se registado uma escalada das pressões inflacionistas nos produtos alimentares, na energia e nos transportes, que se espera mais acentuada na segunda metade do ano. Desde então, também se observa o aumento da volatilidade das moedas da Europa de Leste e da América Latina", refere a Jerónimo Martins, sobre as perspetivas para 2022.
O grupo acrescenta ainda que em face dos efeitos do aumento da inflação e das taxas de juro no rendimento disponível das famílias e na confiança dos consumidores, "a competitividade de preço e a criação de oportunidades de poupança adicional tornam-se ainda mais preponderantes na agenda comercial e de marketing de todas as Companhias do Grupo".
A empresa reafirmou as perspetivas para o ano tal como apresentadas em março.
A Jerónimo Martins divulgou hoje lucros líquidos de 261 milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento de 40,3% face ao período homólogo.
No mesmo período, as vendas da dona do Pingo Doce foram de 11,9 mil milhões de euros, mais 20% do que o registado no primeiro semestre de 2021, adiantou.
Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) do grupo aumentou, entre janeiro e junho, 19,1%, atingindo os 851 milhões de euros.
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