Greves cancelam 8 voos da Iberia Express e quatro da easyJet em Espanha

A Iberia Express, empresa de baixo custo da companhia aérea espanhola Iberia, cancelou hoje oito voos domésticos e a operadora de baixo custo easyJet cancelou quatro voos internacionais de Espanha para Genebra e Londres, segundo os sindicatos.

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Lusa
28/08/2022 19:37 ‧ 28/08/2022 por Lusa

Economia

Aviação

 

Os cancelamentos de voos da Iberia Express surgem no início de uma greve de 10 dias da tripulação de cabine por aumentos salariais em pleno período de inflação.

Até ao meio-dia de hoje, foram cancelados oito voos domésticos em Espanha, afetando cerca de 1.500 passageiros, mas não se registaram atrasos noutros voos, assegurou em comunicado o sindicato USO, responsável pela organização da greve.

A administração da companhia aérea de baixo custo confirmou estes cancelamentos, garantindo ter redirecionado 84% dos viajantes em causa para outros voos, enquanto os outros passageiros afetados foram reembolsados ou receberam 'vouchers'.

A greve, prevista até 06 de setembro, deve resultar num total de 92 cancelamentos de voos, afetando mais de 17 mil passageiros, segundo um representante do sindicato USO.

De acordo com a Iberia Express, 24 voos domésticos serão cancelados apenas nos primeiros três dias da greve.

A Iberia Express liga Madrid, capital de Espanha, a cerca de 40 cidades europeias.

O sindicato USO reclama aumentos salariais para compensar a inflação que atingiu 10,8% em julho em Espanha.

Por outro lado, quatro voos da easyJet também foram hoje cancelados devido à greve dos pilotos desta empresa, que é já a terceira paralisação registada durante o mês de agosto, segundo o sindicato SEPLA.

Os cancelamentos na easyJet são de voos de ou para Barcelona e Palma de Maiorca, nas Ilhas Baleares, ligando essas cidades a Londres (Inglaterra) e Genebra (Suíça).

Desde a primeira greve de três dias em 12 de agosto por parte dos pilotos da easyJet, foram cancelados um total de 79 voos, segundo dados divulgados pela agência France-Presse.

Os pilotos exigem o regresso às condições de trabalho que usufruíam antes da pandemia de covid-19 e o regresso das negociações sobre um novo acordo coletivo.

A greve dos pilotos, a meio da época turística e da retoma da atividade após a pandemia, surge duas semanas depois de uma greve da tripulação de cabina da easyJet, que resultou num acordo.

Leia Também: Mais de 200 voos cancelados em Lisboa e Porto durante três dias de greve

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