De acordo com o relatório do INE sobre os Indicadores de Atividades do Setor dos Serviços, os índices de emprego a tempo integral e total registaram variações homólogas de 16,3% e 20,8%, respetivamente, e o índice de remunerações brutas registou um aumento de 32,9%, também em termos homólogos.
O índice do volume de negócios em Cabo Verde registou no segundo trimestre de 2022 uma variação homóloga nominal de 72,8%, representando um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e em termos trimestrais cresceu 10,2%, refere o documento.
O relatório dos Indicadores de Atividade do Setor dos Serviços elaborado pelo INE é feito trimestralmente com uma amostra de 323 empresas e tem por finalidade proporcionar indicadores de evolução a curto prazo em termos nominais, a preços correntes da atividade das empresas do setor dos serviços mercantis, excluindo serviços financeiros e seguros, bem como atividades imobiliárias.
No segundo trimestre deste ano, as secções de comércio por grosso e a retalho (+51,9%), a reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e armazenagem (+59,8%), bem como o alojamento e restauração (+674,6%) apresentaram os "contributos mais relevantes para a variação do índice agregado", segundo o INE.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística -- setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago -- desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.
Entretanto, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspetiva de crescimento económico em 2022.
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