"A nossa prioridade das prioridades, sempre foi e por maioria de razão será ainda maior nos próximos tempos, é termos sistemas de conectividades que sejam funcionais, efetivas e que garantam regularidade", disse o chefe do Governo, na cidade da Praia, na abertura de um seminário para comemorar o 40.º aniversário da Enapor, empresa pública que gere os portos cabo-verdianos.
"Temos de acabar com essas quebras de situações que possam depois criar dificuldades na vida das pessoas, na sua mobilidade, na circulação das mercadorias e afinarmos ao máximo possível esta vertente das conectividades", completou Correia e Silva.
A Cabo Verde Interilhas (CVI), liderada (51%) pela Transinsular (grupo português ETE) e participada nos restantes 49% por 11 armadores cabo-verdianos, assumiu em agosto de 2019 um contrato de concessão do transporte público marítimo de passageiros e cargas interilhas, num contrato válido por 20 anos após concurso público internacional.
Desde o início das suas atividades, a empresa tem sido alvo de muitas críticas no país, por causa de alguma irregularidade na ligação a determinadas ilhas, com destaque para Brava, São Nicolau ou Maio.
Relativamente à Enapor, o primeiro-ministro sublinhou a sua importância para o país ao longo dos últimos 40 anos e instou a empresa a acelerar a transformação digital, com impacto na melhoria dos serviços, nos custos e no tempo de resposta a dar aos utentes.
"Através de uma melhor burocracia, menos custos, mais afetividade em termos de tempo de resposta e a transformação digital pode e ajuda a conseguir obter esses ganhos", frisou o primeiro-ministro, na abertura do seminário, que aconteceu sob o lema "Preservar o Passado, valorizar o Presente e Perspetivar o Futuro".
Com esta iniciativa, cujo encerramento será feito pelo ministro do Mar, Abraão Vicente, a Enapor espera criar um espaço de reflexão sobre o caminho de crescimento e inovação da empresa e perspetivar o futuro do setor marítimo-portuário em Cabo Verde.
A Enapor foi criada em 01 de setembro de 1982, tendo substituído a Junta Autónoma dos Portos de Cabo Verde, e em junho de 2001 passou a ser Sociedade Anónima (SA), sendo considerado também como uma "parceira relevante" para o comércio interno e externo do arquipélago.
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