"Iremos cumprir tranquilamente os objetivos fixados quer de redução do défice, quer de redução da dívida pública neste ano de 2022", assegurou António Costa.
Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa no final de um Conselho de Ministros extraordinário, que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, destinado a aprovar um conjunto de medidas de apoio social para fazer face à inflação.
De acordo com o primeiro-ministro, as medidas agora anunciadas pelo Governo envolvem 2400 milhões de euros e, no total, o plano do executivo para fazer face aos efeitos da inflação já atinge os quatro mil milhões de euros.
A seguir, António Costa salientou que o conjunto das medidas, apesar dos efeitos no aumento da despesa, mesmo assim não irá colocar em causa as metas macroeconómicas do executivo ao nível da dívida e do défice em 2022.
"Com o aumento das taxas de juro, estas medidas são tomadas no momento certo, com segurança. Tomamos estas medidas com a certeza de que com aquilo que ganhamos hoje não vamos perder amanhã", sustentou.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro procurou salientar que objetivo da redução da dívida "é da maior importância, porque quanto menor a dívida também menos juros serão pagos e mais recursos haverá para investir em áreas como o Serviço Nacional de Saúde ou na segurança".
"Temos vindo a reduzir de forma sustentada o peso relativo dos juros e, neste contexto, em que o Banco Central Europeu já adotou medidas de aumento dos juros e que, previsivelmente, adotará novas medidas que reforçam esse aumento, então acelerar a redução da dívida significa acelerar as condições para o país enfrentar em melhores condições esta conjuntura", argumentou.
António Costa sinalizou depois que uma das agências de rating passou a dívida portuguesa para o nível A.
"Essa trajetória de credibilidade internacional é fundamental. Quando decidimos aguardar pelo mês de setembro para tomar estas medidas, é porque era essencial que fossem tomadas com a avaliação de que este aumento da despesa, na ordem dos 2400 milhões de euros, não afetará as metas orçamentais", frisou o líder do executivo na conferência de imprensa.
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