A Autoridade Monetária de Singapura anunciou hoje que a cidade-Estado asiática planeia adicionar entre 3.000 e 4.000 empregos em média todos os anos, entre 2021 e 2025, de modo a que o setor financeiro cresça anualmente até 5% durante este período.
Entre as áreas em que Singapura procura criar empregos estão a gestão de riqueza e finanças sustentáveis, ao mesmo tempo que pretende desenvolver plataformas digitais para pequenas empresas, posicionar o país como um centro regional para a filantropia e impulsionar a digitalização de ativos financeiros.
Singapura procura assegurar o futuro após ter crescido exponencialmente desde a independência da Malásia em 1965, seguindo a visão de Lee Kuan Yew de atrair multinacionais através de impostos baixos sobre as empresas e oferta de recursos humanos compatíveis com o setor.
Após a pandemia de covid-19, a ilha, que aliviou as medidas de prevenção este ano e voltou a um estado de quase normalidade, está a tentar resistir à atual crise de inflação e energia, reforçando o seu estatuto de centro financeiro, em oposição à rival Hong Kong, que está ligada à política de "zero covid" de Pequim.
Outra das medidas recentemente anunciadas para atrair quadros qualificados estrangeiros, uma parte essencial do seu modelo de crescimento e que a ilha está a tentar preservar sem negligenciar a população local, passa pela criação de um novo visto para profissionais estrangeiros que ganham mais de 21.000 euros por mês.
O setor financeiro é responsável por cerca de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) de Singapura.
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