"No momento em que se intensificam as dificuldades de sobrevivência de muitas micro, pequenas e médias empresas, que não conseguem fazer face ao aumento dos custos de funcionamento, devido à espiral inflacionária, as medidas anunciadas pelo Governo, não só as ignoram em absoluto, como o que avançam de mais significativo corresponde a 900 milhões de euros de endividamento de forma abrangente para todas as empresas", adverte a CPPME em comunicado.
Numa primeira abordagem, todas as outras medidas apresentadas, "não são adequadas" ao aumento global dos custos com matérias-primas e energia (combustíveis, eletricidade, gás natural e gás propano) que se tem vindo a verificar, adianta.
Nesse sentido, a CPPME exige "medidas efetivas para limitar a especulação de preços das matérias-primas, bens alimentares e outros fatores de produção".
Além disso, a confederação afirma que as micro e pequenas empresas "reclamam a reposição dos apoios à retoma nos setores mais afetados pela pandemia", através de ajudas à tesouraria, a fundo perdido, adequadas às "fragilidades evidenciadas" pelas empresas, apenas condicionadas pela "manutenção e criação de postos de trabalho".
A CPPME refere ainda que o programa de formação em contexto de produção, que as empresas "há muito vêm reclamando, poderá, eventualmente, ser a medida que abranja as micro, pequenas e médias empresas" nacionais.
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou na quinta-feira um pacote de medidas de mais de 1.400 milhões de euros para apoiar as empresas face ao aumento de custos com a energia, incluindo uma linha de crédito.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, o governante deu conta de várias medidas, desde uma linha de crédito de 600 milhões de euros, o alargamento de apoios a indústrias de consumo intensivo de gás, apoios à formação, medidas de aceleração da eficiência e transição energética, fiscais, entre outras.
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