Segundo as atas da reunião de setembro da instituição monetária hoje divulgadas, grande parte do BCE, cuja percentagem não é especificada, "manifestou preferência por aumentar as taxas de juro do BCE em 75 pontos base".
As atas indicam que a referida grande parte do conselho considerou que o aumento de 75 pontos base era "uma resposta proporcional às revisões em alta das perspetivas de inflação e um sinal importante de que a instituição estava determinada a trazer a inflação de volta ao seu objetivo de 2% de forma atempada".
O Conselho do BCE considerou a inflação mais elevada do que o esperado e a revisão em alta das projeções a médio prazo como um apelo a "um ritmo mais rápido de normalização da política monetária".
Além disso, os mercados já tinham fixado os preços num aumento das taxas de juro mais elevado do que em julho, quando o BCE aumentou o preço do dinheiro em 50 pontos base em resposta aos últimos dados sobre a inflação.
O BCE decidiu em setembro aumentar as suas três taxas de juro diretoras em 75 pontos base.
Desde 14 de setembro, a principal taxa de refinanciamento situa-se agora em 1,25%.
A facilidade de crédito marginal, na qual concede empréstimos aos bancos durante a noite, é de 1,50%; e a facilidade de depósito, na qual remunera depósitos durante a noite, é de 0,75%.
"Alguns membros manifestaram uma preferência por um aumento das taxas de juro diretoras do BCE em 50 pontos base", acrescenta a ata.
Mas o Conselho do BCE considerou que "um aumento de 25 pontos base era insuficiente" para conter a inflação.
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