A TAP revelou, esta quinta-feira, que vai manter a frota atual pelo período máximo de um ano, enquanto reavalia a política de mobilidade da empresa, reiterando, no entanto, que a decisão de comprar carros de luxo é a "menos onerosa" para a companhia aérea.
"A Comissão Executiva da TAP compreende o sentimento geral dos portugueses e, apesar da decisão que tomou quanto à frota automóvel ser a menos onerosa para a Companhia nas atuais condições de mercado, a TAP procurará manter a atual frota durante um período máximo de um ano, enquanto reavalia a política de mobilidade da Empresa", pode ler-se numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Em causa está a notícia avançada pela TVI/CNN Portugal e pelo portal Away, na quarta-feira, de que a TAP encomendou uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, substituindo os da Peugeot.
A TAP defende que a renovação da frota automóvel permite uma poupança de 630 mil euros anuais, justificando que em causa estão 50 viaturas, para o qual foi feito um concurso ao mercado, tendo sido convidadas a participar seis entidades no mercado português.
Já esta quinta-feira, o Sitava acusou a TAP de falta de "sensibilidade e bom senso", na polémica sobre a renovação dos carros para administradores, e pediu que a empresa demonstre que não tem dualidade de critérios no cumprimento de contratos.
Entre outras reações que foram divulgadas na quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou à companhia aérea portuguesa "um problema de bom-senso", defendendo contenção em tempos difíceis.
"Já falei em relação a várias entidades públicas no passado e em relação à distribuição de dividendos e em relação aos salários e entendo que quando se está num período de dificuldade deve fazer-se um esforço para dar o exemplo de contenção", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.
[Notícia atualizada às 16h00]
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