Na nota publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa revelou que o seu volume de negócios totalizou 1.822 milhões de euros, "um crescimento de 62,8% face ao período homólogo impulsionado pela evolução favorável de preços".
Paralelamente, a Navigator atingiu um EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] de 551,9 milhões de euros, que compara com 246 milhões de euros, ou seja, um aumento de 124,4%.
Por outro lado, no terceiro trimestre, "os resultados líquidos totalizaram 108,6 milhões de euros, que comparam com 111,3 milhões de euros no trimestre anterior e 49,8 milhões de euros no trimestre homólogo", indicou a empresa.
A Navigator destacou ainda que, "alavancado pelo índice de preços da pasta, pelo aumento generalizado do custo da energia, logística e matérias-primas, e ainda pelo persistente desequilíbrio do balanço oferta-procura, o índice de preços do papel na Europa registou um forte crescimento no 3.º trimestre de 2022, tanto em comparação com o preço médio do 3º trimestre de 2021 (+52%), como face ao preço médio do trimestre anterior (+7%)".
No comunicado, a Navigator indicou que os resultados financeiros se situaram em -60,1 milhões de euros "um agravamento de perto de 47 milhões de euros, essencialmente explicado pelos impactos não recorrentes (40 milhões de euros)".
Sem os impactos não recorrentes, os resultados financeiros seriam de -20,2 milhões de euros, destacou, explicando que "a evolução dos resultados financeiros correntes resulta, essencialmente, da variação negativa nos juros compensatórios (-3,3 milhões de euros) e dos resultados cambiais correntes (-2,6 milhões de euros)".
Paralelamente, o montante total de investimentos da Navigator "ascendeu a cerca de 65 milhões de euros" dos quais "perto de 26,6 milhões de euros referentes a investimentos classificados como Ambiente, o que representa perto de 41% do investimento total do período".
"Este montante inclui maioritariamente investimentos direcionados para a manutenção da capacidade produtiva, modernização dos equipamentos e melhoria de eficiência", destacou o grupo, acrescentando que "inclui ainda projetos estruturais e ambientais e de descarbonização, alguns já iniciados em 2020 e em 2021, como são os casos do Novo Parque de Madeiras na Figueira, da Nova Linha de Evaporação em Aveiro e da Substituição das Caldeiras a Fuel--Óleo em Setúbal".
[Notícia atualizada às 19h02]
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