Wall Street fecha em alta pela 3.ª sessão consecutiva
A praça nova-iorquina fechou hoje em alta pela terceira sessão consecutiva, com as cotações apoiadas paradoxalmente pelo acentuado arrefecimento dos preços do mercado imobiliário nos EUA, que causou um recuo nas taxas de juro.
© Reuters
Economia Bolsa de Nova Iorque
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 1,07%, para os 31.386,74 pontos, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,25% e o alargado S&P500 ganhou 1,63%.
A sessão foi também alimentada pela divulgação de resultados de várias empresas.
Mas o que impressionou os investidores foi o arrefecimento acentuado da bolha imobiliária nos EUA, segundo o gestor de investimentos Gregori Volokhine, presidente da Meeschaert Financial Servisses.
Este arrefecimento "provocou uma baixa dos rendimentos obrigacionistas sufici8entemente importante para explicar a recuperação" das cotações das ações, disse à AFP.
Segundo o índice Case-Shiller, a progressão do mercado imobiliário diminuiu 13% em agosto, em termos anuais, depois de quase 16% em julho. "Isto significa uma descida, muito rápida, de 3%. Não digo que a crise imobiliária" dos anos 2008-2011 "vai renovar-se, mas que vai haver desgastes de toda a maneira", sublinhou Volokhine.
"Os títulos estão a valorizar, mas gostaríamos que valorizassem pelos bons motivos, mais do que por causa da deterioração do que é mais importante na economia pessoal dos (norte-)americanos, o seu ativo imobiliário, porque mais de 60% deles são proprietários", explicou.
A descida do mercado imobiliário (0,09% em um mês, a mais forte desde 2010) é o resultado da política monetária de endurecimento monetário por parte da Reserva Federal (Fed), com a subida das taxas de juro. "Isto mostra que a política da Fed começa a manifestar-se", apontou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
Os investidores reagiram hoje à notícia, fazendo recuar o rendimento dos títulos obrigacionistas, que baixaram de 4,24% da véspera para 4,08% no caso da dívida federal a 10 anos e de 4,37% para 4,22% no caso das obrigações federais a 30 anos.
O entusiasmo pelas ações esteve também alicerçado nos resultados divulgados durante a sessão, casos de General Motors ou Coca-Cola, apesar das deceções da Alphabet (Google) e Microsoft.
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