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Lucros da Jerónimo Martins sobem 29,3% até setembro para 419 milhões

A Jerónimo Martins registou, nos primeiros nove meses do ano, lucros atribuíveis de 419 milhões de euros, um aumento de 29,3% em relação ao período homólogo, indicou o grupo, em comunicado enviado ao mercado.

Lucros da Jerónimo Martins sobem 29,3% até setembro para 419 milhões
Notícias ao Minuto

17:42 - 26/10/22 por Lusa

Economia Jerónimo Martins

Segundo a mesma nota, enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa aumentou as vendas e prestações de serviços em 21% até setembro, para 18.392 milhões de euros.

De acordo com o grupo, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos primeiros nove meses do ano foi de 1.348 milhões de euros, tendo aumentado, face ao período homólogo, em 17,8%.

Segundo a mesma nota, na polaca Biedronka, nos primeiros nove meses do ano, "as vendas, em moeda local, cresceram 23,0%, com um LFL [like for like, ou vendas das lojas e de plataformas de e-commerce que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos] de 19,5%", sendo que "em euros, as vendas atingiram 12,7 mil milhões, 19,7% acima dos 9M 21 [nove meses de 2021]". O grupo realçou que "o desempenho registado no período reflete também a inflação registada no cabaz".

De acordo com a Jerónimo Martins, "o sólido desempenho das vendas levou o EBITDA da Biedronka a subir 15,1% (+18,3% em moeda local), com a respetiva margem a cifrar-se em 8,8% (9,1% nos 9M 21)", sendo que "em linha com o seu programa de investimentos, a Biedronka inaugurou 65 lojas no período (54 adições líquidas), remodelou 252 localizações e abriu um novo centro de distribuição".

Ainda na Polónia, a marca Hebe registou, em euros, vendas de "252 milhões, 29,9% acima dos nove meses de 2021", referiu, e abriu 13 novas lojas.

Em Portugal, o Pingo Doce "manteve uma intensa dinâmica promocional, procurando criar oportunidades de valor em áreas relevantes da oferta para ajudar as famílias a fazerem face à perda de poder de compra", sendo que "as vendas da insígnia cresceram 10,3%" para os 3,3 mil milhões de euros, "com um LFL, excluindo combustível, de 8,3%".

De acordo com a empresa, este "desempenho incorpora, por um lado, a inflação registada no cabaz e, por outro, a crescente pressão de 'trading-down', sendo que "no período, o Pingo Doce abriu sete novas lojas (quatro adições líquidas), tendo remodelado 25 localizações".

Por sua vez, a insígnia Recheio atingiu vendas de 850 milhões de euros, 28,8% acima dos 9M 21", salientou a empresa, destacando que "importa referir que esta recuperação se regista em relação a um período ainda impactado pelas restrições em contexto pandémico", destacou.

Por fim, na Colômbia, a marca Ara registou vendas de 1,3 mil milhões de euros, 70,4% acima do período homólogo, destacou. "A Ara inaugurou 86 lojas no período (85 adições líquidas).

Impulsionada pela consistência do bom desempenho de vendas, a companhia focou-se em reforçar a sua capacidade de expansão e reviu em alta o seu plano de expansão que deverá traduzir-se num número de aberturas de novas lojas entre as 230-250", lê-se na mesma nota.

De acordo com a Jerónimo Martins, os custos financeiros líquidos do período "foram de -135 milhões de euros versus -119 milhões de euros nos 9M 21", sendo que as "outras perdas e ganhos foram de -56 milhões de euros, incluindo o pagamento, em setembro, de 22 milhões de euros relativos a um bónus especial pago pela Biedronka aos seus colaboradores em reconhecimento do seu espírito de compromisso e dedicação num ano que se tem revelado muito exigente do ponto de vista social, considerando também a proximidade e os efeitos da guerra na vizinha Ucrânia".

Por fim, o programa de investimento do grupo "atingiu 577 milhões de euros no período, dos quais 51% foram canalizados para a Biedronka".

"A inflação alimentar cujos primeiros sinais começámos a detetar ainda no ano passado agudizou-se substancialmente com a situação de guerra que se trava na Ucrânia, que veio abrir, entre outras, uma nova fonte de pressão relacionada com a crise energética", disse o presidente da empresa, dona do Pingo Doce, Pedro Soares dos Santos, citado na mesma nota.

"Com as acentuadas subidas dos preços dos alimentos e da energia a asfixiarem o poder de compra das famílias, tomámos a decisão, transversal a todas as companhias do grupo, de trabalhar para conter na medida do possível a subida dos preços nas prateleiras das nossas lojas, admitindo pressão adicional sobre as margens", indicou.

Leia Também: Bolsa de Lisboa encerra em baixa com Jerónimo Martins a perder 6%

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