Atrasos e cancelamentos? TAP explica o que está a impactar a operação
Companhia aérea lamenta que os "passageiros que não estejam a ter a melhor experiência", mas diz que "as suas equipas estão a fazer todos os esforços para enfrentar este desafio".
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Economia TAP
A TAP admite que a migração para o novo sistema de gestão de tráfego aéreo - o Topsky - e questões técnicas em alguns dos seus aviões estão a ter impacto na operação da companhia aérea, o que, a par dos constrangimentos no Aeroporto de Lisboa, tem levado a vários atrasos e cancelamentos nos últimos dias.
"A operação da TAP está a ser impactada pela implementação do novo sistema TOPSKY da NAV e por questões técnicas em alguns dos seus aviões, combinados com os desafios do Aeroporto de Lisboa, que está sempre muito congestionado, o que está a causar restrições à navegação aérea e o cancelamento e atrasos dos voos", disse fonte oficial da TAP em resposta às questões colocadas pelo Notícias ao Minuto.
Perante esta situação, que tem sido relatava por vários clientes da companhia aérea nas redes sociais, "a companhia aérea pede desculpa aos seus passageiros que não estejam a ter a melhor experiência e garante que as suas equipas estão a fazer todos os esforços para enfrentar este desafio", adiantou a mesma fonte.
A 18 de outubro, recorde-se, a NAV Portugal migrou para o novo sistema de gestão de tráfego aéreo, o Topsky, após mais de dois anos de preparação, e destacou que a tecnologia "mais eficiente e sustentável" vai permitir, "a prazo", recuperar atrasos.
Nesta senda, o Governo autorizou mais voos noturnos no aeroporto de Lisboa desde essa data e até 28 de novembro, para mudar o sistema de gestão de tráfego aéreo, apesar do parecer negativo dos ambientalistas.
A NAV referiu ainda que a migração para o novo sistema de controlo, "árdua e trabalhosa", é "o culminar de mais de dois anos de preparação".
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) alertou, num comunicado interno, para "anomalias técnicas" num voo da Portugália, que poderão ter potenciado um incidente do qual resultaram ferimentos, dizendo que se trata de uma "realidade operacional incomum".
Na mensagem, a que a agência Lusa teve acesso, o SPAC alertou para duas situações, sendo a mais complicada o voo TAP 842 de 19 de outubro em que um "encontro com turbulência severa causa ferimentos em tripulação e passageiros, obrigando ao regresso a Lisboa".
Por outro lado, no voo TAP 822 de 22 de outubro, disse o SPAC, houve um "regresso ao aeroporto de Lisboa, imediatamente após a descolagem, motivado por intenso cheiro a queimado na cabine de passageiros", sendo que se tratou "do primeiro voo de uma aeronave que aguardou múltiplas semanas para, no preciso dia do seu primeiro voo, não se encontrar devidamente preparada, limpa e considerada como apta para o voo".
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