"Assim, os CTT condenam e lamentam veementemente a greve convocada para os dias 31 de outubro e 02 de novembro e repudiam as razões para a sua realização", refere a empresa em comunicado hoje divulgado.
Os CTT apontaram que nestes dias "poderão, eventualmente, existir perturbações na normal distribuição de correio e encomendas", tendo preparado "um plano de contingência para minimizar eventuais impactos sentidos na operação, nomeadamente a mobilização de meios no sábado seguinte, quando tal se justifique para recuperar de eventuais atrasos".
A empresa sublinha que respeita o direito à greve mas não deixa "de estranhar e repudiar as datas escolhidas pelos sindicatos promotores da greve para a sua realização".
Os CTT criticaram, tal como a Associação Nacional de Responsáveis de Distribuição (ANRED), na quinta-feira, a realização da greve numa semana com um feriado.
A ANRED considerou que esta greve é "uma vez mais inoportuna" e que não contribui para as reivindicações dos trabalhadores.
Em 07 de outubro, os sindicatos que representam os trabalhadores dos CTT avançaram com uma proposta de greve nos dias 31 de outubro e 02 de novembro, em protesto pelos "7,50 euros de aumento imposto" pelo grupo aos funcionários, segundo um comunicado.
Na nota, divulgada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), as estruturas disseram que "os 7,50 euros de aumento mensal imposto unilateralmente em 2022 a cada trabalhador continuam a ser um gozo com quem trabalha e mantém a empresa a funcionar".
Os sindicatos referiram que "os CTT aumentaram os preços num mínimo de 6,8%, enquanto impunham unilateralmente um aumento de 7,50 euros a cada um dos seus trabalhadores", sublinhando que "em setembro de 2022 a inflação galgou para os 9,3% segundo o INE".
Em junho, os trabalhadores dos CTT já estiveram em greve também devido às atualizações salariais.
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