A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou, esta quinta-feira, que registou lucros de 692 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022, mais 61% do que no período homólogo, e projeta pagar o "maior dividendo da história" aos contribuintes.
"Nos primeiros 9 meses de 2022, o Grupo Caixa Geral de Depósitos gerou um resultado líquido consolidado de 692 milhões de euros, um aumento de 61% face ao período homólogo de 2021", pode ler-se num comunicado enviado à CMVM.
A Caixa explica que "ao resultado líquido de 692 milhões de euros, e de acordo com a política de dividendos, corresponde, até ao presente, a um montante máximo distribuível de 286 milhões de euros referente à atividade dos primeiros 9 meses de 2022".
"Projeta-se, referente à totalidade da atividade do ano, e não se verificando qualquer impacto doméstico proveniente da evolução da situação internacional, o maior dividendo da história da Caixa, a liquidar em 2023, com impacto positivo no Orçamento de Estado, continuando a devolver aos contribuintes o esforço tido no âmbito do processo de recapitalização", pode ler-se.
No início da apresentação de resultados, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, apontou que esta é a "primeira vez que a CGD consegue remunerar o custo do capital que é investido pelos contribuintes".
"Esta evolução reflete um custo do risco de crédito negativo no período pós-pandemia, um dos mais baixos de sempre a venda de alguns ativos não core, bem como o contributo da atividade internacional para o resultado líquido do Grupo, no valor de 155 milhões de euros, um crescimento de 58% face aos primeiros nove meses de 2021", refere o banco em comunicado enviado ao mercado.
[Notícia atualizada às 16h45]
Leia Também: UTAO: Finanças vão centralizar o maior controlo de despesa em sete anos