Bolsas europeias em alta animadas com recuo da inflação nos EUA

Às 09h20 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,64% para 434,71 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,12%, 0,90% e 0,73%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,11% e 1,05%.

Depois de abrir a subir, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência e, às 09:20, o principal índice, o PSI, estava a avançar 0,06% para 5.839,68 pontos.

A melhor sessão da bolsa nova-iorquina, com o Dow Jones a subir 3,70% e o Nasdaq 7,35%, foi sustentada pelo anúncio da queda da taxa de inflação homóloga nos EUA, que abrandou para 7,7% em outubro, o nível mais baixo desde janeiro, depois de ter atingido 8,2% em setembro.

O aumento de preços em relação ao mês anterior foi de 0,4%, segundo o índice CPI.

Excluindo os preços dos produtos alimentares e da energia, que são os mais voláteis, a inflação subjacente ficou em 6,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior e em 0,3% face a setembro.

Um analista citado pela Efe, Dario García, da Xtb, explica que o dado da inflação de outubro mostrou uma forte queda em outubro e agora o mercado dispara e começa a antecipar que a Reserva Federal dos EUA (Fed) na reunião de política monetária vai subir as taxas de juro a um ritmo mais suave, em 50 pontos base.

Contudo, os analistas da Renta4, também citados pela Efe, advertem que "um só dado não marca tendência e com uma inflação ainda muito longe do objetivo de 2%, com um mercado laboral ainda sólido, a Fed vai continuar a subir as taxas de juro".

Os investidores também estão animados com a decisão da China de aliviar as medidas contra a covid-19, incluindo a redução do período de quarentena para os viajantes internacionais em dois dias e pendentes do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no terceiro trimestre, bem como da inflação na Alemanha em outubro.

A Comissão Europeia atualiza hoje as previsões de crescimento económico e da inflação para todos os países da União Europeia.

Na quinta-feira, a Bolsa de Wall Street terminou em forte alta, com o Dow Jones a subir 3,70% para 33.715,37 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.

O Nasdaq fechou a valorizar-se 7,35% para 11.114,15 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.

A nível cambial, o euro abriu em alta no mercado de câmbios de Frankfurt, acima da paridade, a cotar-se a 1,0245 dólares, contra 1,0143 dólares na quinta-feira, pela quarta vez acima da paridade desde 28 de outubro e 0,9585 dólares em 27 de setembro, um mínimo desde junho de 2002.

O euro está a cotar-se acima da paridade face ao dólar desde o início da semana, depois de ter estado abaixo da paridade desde 20 de setembro, com exceção para o dia 26 de outubro (1,0076 dólares).

O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro de 2023 abriu com tendência ascendente no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 95,95 dólares, contra 93,67 dólares na quinta-feira e 81,34 dólares em 26 de setembro, um mínimo desde fevereiro deste ano (antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia).