Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,17%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,45% e o alargado S&P500 avançou 0,87%.
Wall Street tinha começado com entusiasmo, com o S&P500 a valorizar até 1,80%, graças a uma série de indicadores macroeconómicos e a resultados considerados, respetivamente, bons e satisfatórios pelos investidores.
Por um lado, o índice de atividade industrial na região de Nova Iorque voltou a ser positivo em novembro, com 4,5 pontos, depois dos 9,1 negativos de outubro e contra os seis negativos esperados pelos analistas.
Pr outro lado, o índice dos preços na produção só subiu 0,2 pontos percentuais em outubro, quando se antecipava uma subida do dobro. No conjunto do ano, a subida destes preços foi de oito por cento, o valor mais baixo desde julho de 2021.
"Esta informação valida o plano da Reserva Federal (Fed), de um abrandamento do ritmo (de subida) das achas de juro", comentou Jeffrey Roach, economista-chefe da LPL Financial.
Depois destas publicações, os operadores estimam uma probabilidade de 60% à hipótese de uma taxa diretora no intervalo entre os 4,75% e os cinco por cento até junho, quando na semana passada antecipavam por maioria que passasse dos cinco por cento. Na última reunião de política monetária da Fed, em 03 de novembro, a taxa de juro de referência foi estabelecida no intervalo entre 3,75% e quatro por cento.
A praça nova-iorquina também acolheu com satisfação resultados da grande distribuição.
Em particular, a Walmart acabou a valorizar 6,54%, depois de ter divulgado uma faturação trimestral muito acima das expectativas, graças ao mercado interno e aos produtos alimentares, nos quais ganhou quota de mercado, graças aos preços baixos.
O mesmo entusiasmo propagou-se à Target (+3,95%), apesar de se esperarem os resultados só na quarta-feira, e à Costco (+3,29%).
Contudo, as cotações fraquejaram pouco antes do fecho, com o Dow Jones a chegar a evoluir em vermelho, antes de se recompor e acabar em ligeira subida.
"É um cenário que temos visto nas últimas sessões, com ganhos no início e perda de força com o aproximar do final", sublinhou Jack Ablin, da Cresset Capital.
Na sua opinião, este movimento recorrente deve-se à intervenção dos investidores particulares no início das sessões, enquanto os institucionais fazem-no mais no final.
O que ocorreu hoje mostra assim, na sua opinião, que os institucionais demonstram prudência, "o que não é geralmente bom sinal". Para este analista, "ainda não houve uma aceleração" bolsista, depois da divulgação, na quinta-feira, do índice de preços no consumidor, que saiu menos elevado do que previsto.
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