Os trabalhadores do Metro Sul do Tejo (MST) iniciaram hoje três dias de greve total ao serviço, para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.
Segundo disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Barata Domingues, a adesão à paralisação "esteve nos níveis dos registados [em 19 e 20] de outubro, com todos os associados do SMAQ a aderir à greve".
De acordo com o responsável, "circularam três veículos na hora de ponta da manhã", já que "a empresa colocou trabalhadores não sindicalizados nos horários da manhã".
"Normalmente fazem o serviço de manhã 21 veículos e hoje estiveram três", acrescentou.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da empresa disse que "até às 10 horas da manhã de hoje, foram efetuadas 25% das circulações programadas".
"A Metro Transportes do Sul procurou um acordo com o SMAQ que sempre se mostrou irredutível em negociar aumentos salariais", lembrou a fonte.
Ainda segundo a MTS, foram mantidos "contactos e negociações com as restantes estruturas sindicais representadas na empresa tendo já informado uma atualização salarial para 2023 que, no caso dos operadores de condução, implicará um acréscimo de 80 euros no salário base, a que corresponde um aumento de 9,6%, permitindo uma recuperação do poder de compra".
Convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), a greve iniciou-se na terça-feira, mas nesse dias apenas à prestação de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
Hoje, na quinta e na sexta-feira a greve abrange "a prestação de todo e qualquer trabalho".
No sábado, a paralisação volta apenas a ser ao trabalho suplementar e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
A Metro Transportes do Sul (MTS) explora o Metro Sul do Tejo, sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal.
Os maquinistas da MTS agendaram a greve para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos, pois apesar do acordo alcançado entre a empresa com a FECTRANS, o Sindicato dos Maquinistas não teve negociações com a administração.
"Estamos à espera que a empresa nos contacte. Até lá mantemos a nossa posição. O conflito laboral está aberto e se não formos contactados nada nos resta se não continuar [a lutar]", disse António Barata Domingues, em declarações anteriores à Lusa.
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