O ministro das Finanças, Fernando Medina, assumiu, na segunda-feira, o objetivo de retirar Portugal de uma situação em que a dívida pública é um "duplo passivo", passando antes a ser um ativo de financiamento do Estado.
"Queremos tirar Portugal de uma situação em que a dívida pública é um duplo passivo. Pelo contrário, queremos que passe a ser um ativo no financiamento do Estado", escreveu o ministro das Finanças na rede social Twitter, depois de ter participado na CNN Portugal International Summit, para "debater a conjuntura e as opções que seguimos para o país".
Na mesma conferência, o ministro das Finanças defendeu que o Governo não pode adotar políticas expansionistas, erradas no atual contexto de inflação elevada, e defendeu cooperação entre políticas fiscal e monetária, em que bancos centrais e Governos fazem o seu respetivo trabalho.
Estive hoje no CNN Portugal International Summit para debater a conjuntura e as opções que seguimos para o país. Queremos tirar Portugal de uma situação em que a dívida pública é um duplo passivo. Pelo contrário, queremos que passe a ser um ativo no financiamento do Estado. pic.twitter.com/WEIaDPyN3M
— Fernando Medina (@fmedinapessoal) November 21, 2022
Questionado sobre a subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), para responder à escalada da inflação, Medina admitiu que "em momentos de subida de taxas de juro, acaba por haver sempre tensões", mas defendeu uma "abordagem cooperativa entre política fiscal e monetária" como forma de obter melhores resultados para a economia e para o emprego.
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