Metro do Porto: Por cada comerciante que se queixa há acordo com três

O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse hoje à Lusa que por cada comerciante que se queixa das obras da Linha Rosa, a empresa chega a acordo com três, acrescentando que "brevemente" abrirão galerias provisórias na Trindade.

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Lusa
23/11/2022 08:51 ‧ 23/11/2022 por Lusa

Economia

Metro do Porto

 

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"Por cada notícia de comerciantes que se queixam, seguramente já chegámos a acordo com três", disse Tiago Braga em declarações à Lusa, quando questionado acerca das queixas de comerciantes na zona da Praça da Liberdade, no Porto.

Segundo Tiago Braga, as galerias provisórias para comerciantes adjacentes à estação da Trindade, irão abrir "muito brevemente", com quatro comerciantes.

"Aquilo que lhe posso dizer é que a Metro do Porto, com indemnizações, diretas ou indiretas, ou compensações, já gastou algumas largas centenas de milhares de euros", disse ainda à Lusa.

Nos últimos dias, a Lusa tem noticiado a saída de comerciantes da zona da Praça da Liberdade, bem como processos contra a Metro, e Tiago Braga disse que não há "propriamente um limite" estabelecido de valor para cada comerciante, sem que sejam montantes ilimitados.

"Nós estamos a falar de gerir dinheiros públicos. Temos que ser muito rigorosos", assinalou, admitindo que "a realidade algumas vezes nos ultrapassa e não é possível chegar a acordo" com os comerciantes.

Segundo Tiago Braga, "quando não se chega a acordo, não é porque não há boa vontade, não é porque a Metro do Porto não é pessoa de bem, como eu já ouvi, e isso é inadmissível".

"Nós damos a cara e não fugimos ao contacto com os empresários, fazemos esse contacto muito aproximado, e algumas vezes não é possível chegar a acordo", resumiu.

Já sobre o avanço das obras, e acerca das recentes trocas de impressões com a Câmara do Porto, que envolveram o envio de uma carta do presidente, Rui Moreira, a demonstrar preocupação acerca de atrasos na Linha Rosa, bem como uma apresentação da Linha Rubi à Assembleia Municipal, Tiago Braga disse que os dados que tinha em setembro continuam válidos.

A Metro do Porto mantém como objetivo "terminar a obra a 31 de dezembro de 2024, para arrancar a fase de pré-operação logo no início do ano de 2025", segundo o presidente da Metro, que assume essa data como "compromisso".

"O nosso compromisso e o nosso objetivo. Eu não me comprometo com uma coisa que não tenho como objetivo", disse à Lusa.

O presidente da Metro adiantou ainda que já estão abertas "frentes de túnel no Rio de Vila, nos dois sentidos", entre o Largo de São Domingos e a Praça da Liberdade, outra "já aberta no Hospital de Santo António em direção à Avenida dos Aliados", escavação de túnel "da Galiza para o Hospital de Santo António" e 450 metros do ramal de injeção da Casa da Música, numa fase em que já "divergiu para duas unidades de túnel".

"Abriremos, até ao final do ano, mais a frente de obra da Galiza em direção à Casa da Música", acrescentou ainda.

"Em termos da obra pesada, com ciclos que é o fator crítico de sucesso da empreitada, nós temos as frentes de túnel que deveríamos ter nesta altura abertas", afirmou, dizendo ainda que até ao final do ano terá início "a frente de obra da Galiza em direção à Casa da Música".

Os custos do prolongamento da Linha Amarela em Vila Nova de Gaia (entre Santo Ovídio e Vila d'Este) e a construção da Linha Rosa, no Porto (entre São Bento e Casa da Música) ascendem aos 407,7 milhões de euros, mas deverá sofrer aumentos de custos.

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