A seguradora Crédito y Caución considera que o excesso de existências em 'stock' vai provocar uma redução agressiva das margens e um agravamento do risco de crédito em muitos dos países onde se realiza a Black Friday.
"As ofertas e os descontos da Black Friday, que se prolongam durante o fim de semana até à segunda-feira tecnológica (a Cyber Monday), são consideradas o início de um dos períodos de maior intensidade comercial associado às compras de Natal", explica a Crédito y Caución em comunicado, prevendo que as vendas do comércio a retalho "vão sofrer uma contração em 2022 e 2023", na maioria dos mercados, caso da Espanha ou dos Estados Unidos.
Além disso, realça que o crescimento negativo dos salários e o aumento generalizado da inflação "estão a gerar em todo o mundo" uma reação de redução das despesas dos consumidores "ao que é essencial".
"Devido aos problemas com a cadeia de fornecimento, muitos retalhistas reforçaram os seus inventários, que alcançaram níveis recorde", sendo que a "principal preocupação de muitos perante a evolução do consumo" é que se vejam em mãos com um excesso de 'stock', pelo que se esperam alguns descontos mais agressivos, lê-se na nota divulgada.
"Isto traduz-se em maiores custos de armazenamento, margens menores e um agravamento do risco creditício", conclui.
De acordo com a seguradora, "os produtos de preço mais elevado são os que mais irão sofrer uma queda no consumo".
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