O Governo italiano pretende aplicar uma taxa de 50% sobre os lucros extraordinários das empresas que tenham beneficiado com o aumento do custo do petróleo e do gás. A informação consta de um rascunho do orçamento do país para o próximo ano, citado pela agência Reuters.
Com esta medida, o executivo italiano prevê arrecadar um total de 2,565 mil milhões de euros.
Esta taxa segue uma estrutura proposta pela Comissão Europeia, substituindo uma semelhante que esteve em vigor este ano e que gerou várias críticas. Várias empresas recusaram-se, inclusive, a pagar.
Agora, com estes novos termos do orçamento, que ainda não foi divulgado oficialmente, serão abrangidos cerca de sete mil produtores e comercializadores de eletricidade, gás natural e produtos petrolíferos, que se verão obrigados a pagar o valor até meados de 2023.
A taxa corresponderá a 50% da parte dos rendimentos empresariais de 2022 que sejam, pelo menos, 10% superiores ao rendimento médio apurado entre 2018 e 2021.
Terá um teto igual a 25% do valor dos ativos líquidos no final de 2021 e difere da forma como foi delineado pelo tesouro italiano na terça-feira. Essa versão previa um imposto de 35%, entre janeiro e julho de 2023, calculado sobre os lucros das empresas de energia e não sobre a receita, como consta no rascunho em questão.
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