A Fitch justifica, em comunicado divulgado hoje, a revisão em alta da zona euro com o facto de a "crise do gás europeu" estar a diminuir "um pouco", mas diz que as "subidas de taxas de juro mais acentuadas do BCE [Banco Central Europeu] vão ter impacto na procura".
"A inflação está a revelar-se mais difícil de controlar do que o esperado à medida que as pressões dos preços se alargam e se tornam mais entrincheiradas", disse Brian Coulton, economista-chefe da agência, citado no comunicado.
O responsável adiantou que os bancos centrais foram obrigados a intensificar as medidas "isso não vai ser bom para o crescimento".
Por outro lado, a Fitch reviu em baixa as previsões para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] mundial para 1,4% em 2023, tendo em conta a luta dos bancos centrais contra a inflação e as condições do mercado imobiliário chinês.
No seu Global Economic Outlook, publicado hoje, a organização explicou que "as previsões do PIB mundial para 2023 foram revistas novamente à medida que os bancos centrais intensificam a sua luta contra a inflação e as perspetivas para o mercado imobiliário da China se deterioram".
Assim, a Fitch "espera agora que o PIB mundial cresça 1,4% em 2023", face às estimativas de 1,7% que apresentou em setembro.
"A Fitch reduziu a sua previsão de crescimento nos EUA para 2023 para 0,2%, de 0,5%" destacou, tendo em conta as medidas aplicadas para combater a inflação, sendo também que diminuiu a "previsão de crescimento da China para 2023 para 4,1%, de 4,5%, à medida que as perspetivas para uma recuperação na construção de casas desaparecem".
"A previsão de crescimento da China para 2022 mantém-se nos 2,8%", vincando que o aumento dos casos covid-19 vai fazer com que a atividade no curto prazo arrefeça.
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