Os analistas da OPEP estimam que a procura mundial de crude cresça no próximo ano em 2,2 milhões de barris por dia, para 101,8 milhões de barris diários (mbd), um nível sem alterações ao que foi calculado no relatório anterior.
A maior parte deste crescimento (1,9 mbd) deve vir de países emergentes.
"Esta previsão está sujeita a muitas incertezas, incluindo a evolução económica mundial, as medidas de contenção da covid-19, principalmente na China, e as atuais tensões geopolíticas", uma referência à guerra na Ucrânia.
A perspetiva de crescimento económico global está sujeita a pressões em baixa devido à inflação elevada, à subida das taxas de juro nas principais economias, aos altos níveis de dívida soberana em muitas regiões e a alguns problemas nas cadeias de abastecimento, indica a OPEP.
Os riscos geopolíticos e o ritmo da pandemia durante o inverno no hemisfério norte continuam a ser incertos, aponta a organização.
Por outro lado, os analistas deste grupo, formado por 13 países, mantêm sem alterações a previsão de procura do seu crude para 2023, com 29,2 mbd, 2% mais do que em 2022.
Isto apesar de um corte na produção de dois mbd aprovado em outubro passado pela OPEP e pelos seus aliados, liderados pela Rússia, uma medida que se mantém no ano de 2023.
A OPEP indica que a sua produção conjunta em novembro passado foi de 28,9 mbd, ou seja, menos 744.000 barris diários em relação ao mês anterior, segundo fontes independentes.
O preço médio do barril de crude da OPEP foi em novembro de 89,73 dólares, uma descida de 4,2% em relação ao mês anterior.
O preço do petróleo da OPEP tem vindo a cair nas últimas semanas, apesar do corte na produção, negociando a 74,92 dólares na segunda-feira, menos 11% do que no passado dia 01 de dezembro.
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