A economia portuguesa registou um excedente orçamental de 2,8% do produto interno bruto (PIB) até ao final do terceiro trimestre, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira.
"Tomando como referência os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP [Administrações Públicas] atingiu 4.147,2 milhões de euros no 3.º trimestre de 2022, correspondendo a 6,8% do PIB, o que compara com 3,5% no período homólogo. No conjunto dos três primeiros trimestres de 2022, o saldo das AP fixou-se em 4.980 milhões de euros (2,8% do PIB, que compara com -2,5% do PIB em igual período de 2021)", pode ler-se no relatório do INE.
Os economistas consultados pela Lusa apontam para um excedente orçamental no penúltimo trimestre do ano, superior ao registado no segundo trimestre (de 1,9%).
Para este ano, o Governo prevê um défice de 1,9% do PIB, mas o primeiro-ministro já sinalizou que não deverá ultrapassar os 1,5% do PIB.
As contas nacionais por setor institucional, divulgadas pelo INE, dão ainda a conhecer a taxa de poupança das famílias, que caiu para 5,9% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, refletindo o aumento de 2,7% do consumo privado.
Ainda de acordo com o INE, a economia portuguesa registou um agravamento da necessidade de financiamento no 3.º trimestre de 2022, que passou de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no 2.º trimestre de 2022 para 1,2%.
[Notícia atualizada às 11h12]
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