O Ministro das Finanças, Fernando Medina, assinou, na segunda-feira, o despacho que aprova mais um aumento de capital na TAP, de acordo com o que avança a CNN Portugal.
Segundo terá apurado a publicação junto de fontes próximas do processo, o despacho deu assim 'luz verde' para mais 980 milhões entrarem nas contas da companhia aérea portuguesa.
O processo já era esperado para o final deste ano, concluindo assim o programa de recapitalização da TAP, aprovado pela Comissão Europeia há um ano, no valor total de 3,2 mil milhões de euros.
Esta é a última tranche para a companhia aérea, e era um valor que estava previsto no Orçamento de Estado. Apesar de o acordo com Bruxelas não ser público, é conhecido que não poderá haver um aumento de capital nos próximos dez anos. A privatização da companhia aérea deverá acontecer em 2023.
A confirmar-se, a assinatura decorreu numa altura em que existe uma nova polémica, que envolve respetivamente a TAP, o Governo e Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro desde junho. Antes de assumir funções na tutela de Fernando Medina, em junho, a governante cessou funções como administradora da companhia aérea, em fevereiro. Nos últimos dias, foi conhecido que à saída recebeu uma indemnização de meio milhão de euros.
Tanto Alexandra Reis já falou a sobre a situação, dizendo que cumpriu a lei e que "devolveria de imediato" qualquer quantia recebida que não estivesse dentro desta, e também os ministros das Finanças e das Infraestruturas e da Habitação, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, emitiram um despacho no qual pedem esclarecimentos à TAP.
Também o Presidente da República já foi questionado sobre o assunto e colocou-se do lado de Nuno Santos e também do primeiro-ministro. Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de defender o apuramento dos factos. Já António Costa foi último a pronunciar-se, esta terça-feira, referindo que aguarda os esclarecimentos e garantindo que "desconhecia em absoluto os antecedentes".
[Notícia atualizada às 17h34]
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