TAP. Indemnização é "desajustada" face à realidade dos portugueses

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) considerou hoje que a indemnização da TAP à ex-secretária de Estado Alexandra Reis é desajustada face à realidade da maioria dos portugueses, defendendo a importância de estabilidade no próximo ano.

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Lusa
28/12/2022 20:31 ‧ 28/12/2022 por Lusa

Economia

UGT

O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que começou hoje a receber os parceiros sociais, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Questionado sobre se a polémica da TAP esteve presente na audiência com o Chefe de Estado, Mário Mourão indicou que "a UGT está preocupada com aquilo que a maioria dos portugueses estão", considerando ser "preciso que se ultrapasse estas questões".

"São situações muito desajustadas relativamente àquilo que a maioria dos portugueses têm. É preciso criar mais justiça, porque no momento difícil que vivemos precisamos de justiça, de transmitir aos portugueses confiança e precisamos que Portugal tenha no próximo ano um clima de prosperidade, de mais justiça social e de mais compreensão entre as pessoas", afirmou.

"Vem aí um novo ano, esperamos que venha também uma situação de maior estabilidade e que o Governo possa resolver rapidamente estas questões que tem", afirmou, realçando que "os portugueses começam a ter alguma desconfiança e alguma incerteza sobre o futuro que já há".

Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

A indemnização a Alexandra Reis foi criticada por toda a oposição e questionada até pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao dizer que "há quem pense" que seria "bonito" a secretária de Estado prescindir da verba.

Segundo a UGT, da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa fez ainda parte o balanço deste ano, bem como a análise ao Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

"Esperamos que seja um Orçamento flexível, que permita acomodar alguma situação que eventualmente no próximo ano seja necessário acomodar face à situação de incerteza que vivemos", sublinhou.

Além de Mário Mourão faziam ainda parte da comitiva da UGT Lucinda Dâmaso, presidente, assim como o secretário-geral adjunto, Sérgio Monte, e o secretário-geral adjunto, José Cordeiro.

Esta quinta-feira, o Presidente da República recebe ainda a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

Leia Também: TAP. Medina diz que desconhecia indemnização paga a Alexandra Reis

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