Fim de Ano "sem restrições" minimiza danos na animação noturna do Algarve

Os empresários do setor de animação noturna do Algarve acreditam que a comemoração da passagem de ano 'sem restrições' pode ajudar a minimizar alguns prejuízos causados pela pandemia de covid-19, numa região habituada à sazonalidade do turismo.

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Lusa
29/12/2022 17:25 ‧ 29/12/2022 por Lusa

Economia

Algarve

"O 'reveillon' pode ser uma ajuda na tesouraria para alguns estabelecimentos que estão abertos no Algarve, nomeadamente para os bares, que ainda recuperam dos prejuízos provocados por dois anos de pandemia", disse à Lusa Liberto Mealha, presidente da Associação de Discotecas do Sul e Algarve (ADSA).

De acordo com o empresário, as festividades de Fim de Ano "podem ter algum impacto financeiro" nos bares que se mantêm abertos, já que a maioria das discotecas "está encerrada por a região se encontrar na chamada época baixa".

"Para os bares que estão a funcionar, e são poucos, o período pode ser positivo, mas não vejo que exista entusiasmo e interesse na abertura da maioria das discotecas por dois ou três dias", destacou.

Segundo Liberto Mealha, detentor de vários espaços de animação noturna na zona de Albufeira, no distrito de Faro, o desinteresse dos empresários em abrir os estabelecimentos, "deriva da necessidade de mobilizar equipas para trabalharem durante dois ou três dias e os elevados custos inerentes ao seu funcionamento".

"Além dos funcionários para o atendimento, seria necessário contratar equipas de segurança, atendendo à lotação da casa, e todo um investimento que, certamente, não teria retorno no imediato", sublinhou.

O presidente da ADSA disse ainda que a retoma económica no setor da animação noturna pós pandemia, "ao contrário do que se previa, foi surpreendente durante o verão, podendo-se dizer que foi um dos melhores anos de sempre".

Liberto Mealha atribuiu o "grande crescimento na procura dos espaços de animação noturna durante o verão à clausura a que as pessoas estiveram obrigadas durante dois anos".

"Foi um verão muito, muito positivo que ajudou a ultrapassar um período negro que os empresários enfrentaram com o encerramento dos espaços durante um longo período de tempo", notou.

Questionado sobre a lei que entra em vigor em 01 de janeiro e que restringe os espaços onde será permitido fumar, Liberta Mealha considerou que "as novas regras colocam mais problemas a um setor que atravessa várias dificuldades".

"É mais um 'handicap' para o setor porque até agora ainda se conseguia dividir e criar espaços para fumadores, mas agora vai obrigar a criar espaços independentes, tornando-se mais um encargo para os empresários que não sei se podem ou estarão dispostos a suportar", frisou.

A partir de janeiro de 2023 só será permitido fumar em espaços como restaurantes, bares e discotecas que tenham uma área igual ou superior a 100 metros quadrados e pé direito mínimo de três metros.

As novas regras para os locais fechados onde ainda é permitido fumar estão estabelecidas numa portaria conjunta dos ministérios da Economia e Mar e da Saúde e que entra em vigor em 01 de janeiro de 2023.

A portaria estabelece as regras relativas à lotação máxima permitida, à separação física ou compartimentação, à instalação e aos requisitos técnicos dos sistemas de ventilação e à dimensão mínima dos espaços.

"Todas estas regras afastam os fumadores dos estabelecimentos e vai dificultar o negócio, porque temos que admitir que há muita gente que não deixa de fumar e que passa a procurar locais onde o possam fazer", acrescentou.

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