Wall Street prolonga tendência descendente ao abrir 2023
A praça nova-iorquina encerrou hoje em baixa a sua primeira sessão de 2023, prolongando a tendência descendente do fim do ano anterior, afetada em particular pelas desvalorizações de Tesla e Apple.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,03%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,76% e o alargado S&P500 baixou 0,40%.
O início da sessão em alta, depois de um fim de semana prolongado, devido aos festejos do novo ano, parecia indicar que o mercado bolsista ia recuperar, depois de ter vivido o seu pior ano desde a crise de 2008.
Mas as ações não aguentaram a tendência positiva, "porque a política restritiva" do banco central norte-americano [Reserva Federal (Fed)] "e os receios de recessão permanecem no centro das preocupações dos investidores", comentou Edward Moya, analista da Oanda.
A procura de bons negócios, motivada no início da sessão pelo baixo preço das ações, durou pouco.
Moya considerou aliás que "é demasiado cedo para começar a apostar na mudança de atitude da Fed este ano".
Assim, "isto vai tornar o contexto difícil para as ações" no início do ano, antecipou.
Para o desempenho bolsista global do dia contribuiu a Tesla que não para de descer. Depois de desvalorizar 65% em 2022, a ação perdeu hoje mais 12,24%, caindo para mínimos desconhecidos desde agosto de 2020.
A ação foi fortemente penalizada, porque o grupo anunciou na segunda-feira as vendas feitas em 2022, que desiludiram os investidores.
O grupo dirigido por Elon Musk entregou 1,31 milhões de veículos elétricos em 2022, o que em si é um valor recorde e que supera o do ano precedente em 40%, mas ficou abaixo das próprias previsões do grupo e das expectativas dos investidores.
Por seu lado, os analistas da Schwab apontaram que "os números do quarto trimestre falharam o objetivo por causa de problemas permanentes de logística, inquietações sobre a procura e uma concorrência aumentada de outros construtores".
No último trimestre, as entregas de veículos foram de 405 mil, um crescimento homólogo de 40%, quando os analistas esperavam 418 mil.
Entretanto, um analista do JPMorgan tinha revisto em baixa as suas projeções de lucro para o último trimestre e 2023, o que ainda deprimiu mais o título.
A Apple, por seu turno, arrastou o Nasdaq, ao cair 3,74%. Depois de a sua capitalização bolsista ter superador os três biliões (milhão de milhões) de dólares no início de 2022, viu-a agora abaixo dos dois biliões pela primeira vez desde maio.
A Apple parece estar com atrasos na entrega dos seus iPhone 14 Pro fabricado na China.
Os investidores também estão inquietos com a subida da taxa de juro, por agravar os custos dos seus investimentos.
Grande parte dos setores do S&P500 fecharam com perdas, a começar pelo da energia no seguimento das inquietações com a procura da energia no mundo, quando a propagação da novo coronavírus ameaça a reabertura económica da China.
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