FMI confiante que Zâmbia e credores internacionais cheguem a acordo
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse hoje em Lusaca estar "confiante" que possa ser alcançado um acordo entre a Zâmbia e os seus credores, incluindo a China.
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Economia Zâmbia
Em 2020, a Zâmbia, um dos maiores produtores mundiais de cobre, foi o primeiro país africano a entrar em incumprimento no pagamento da sua dívida externa - estimada em 17,3 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) - desde o início da pandemia de covid-19.
"Estou confiante de que os credores chegarão a um acordo" com o país, disse Georgieva numa conferência de imprensa em Lusaca, no decorrer de uma visita à Zâmbia.
"Ficou claro para mim durante esta visita que a Zâmbia está a fazer o que deve, por isso encorajo fortemente os credores a seguir em frente", acrescentou.
O país apelou a um "quadro comum" do G20 para a reestruturação da dívida dos Estados mais pobres, mas os Estados Unidos acusam a China, principal credor de muitos países africanos, de atrasar o processo.
Washington fez pressões para obter da parte dos credores, particularmente da China, "a redução da dívida da Zâmbia", disse na segunda-feira a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, também em Lusaca no decurso da visita que está a efetuar a vários países africanos.
A Zâmbia melhorou as relações com os seus credores internacionais desde a eleição em 2021 do Presidente Hakainde Hichilema, um antigo empresário, que prometeu erradicar a corrupção e ressuscitar a economia.
A dívida explodiu sob a Presidência de Edgar Lungu, que fez empréstimos maciços para financiar uma série de projetos de infraestrutura durante os seus seis anos na chefia do Estado.
O FMI aprovou em 2022 um empréstimo de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) para ajudar a Zâmbia a restaurar a estabilidade fiscal.
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