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EUA. Câmara dos Representantes condiciona venda de petróleo das reservas
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou sexta-feira um projeto de lei que limita as vendas de petróleo das reservas estratégicas do país, mas que não deve chegar a lei.
© PixaBay
Economia EUA
Aprovado com 221 votos contra 105, o texto estipula como condição para levantar a limitação que o Departamento de Energia apresente um plano para aumentar a percentagem de terras federais disponibilizadas para a produção de petróleo e gás.
A votação exprime a maioria republicana na Câmara dos Representantes, mas no Senado, controlado pelos democratas, não tem hipóteses de ser aprovada.
Os conservadores argumentam que as reservas estratégicas só deveriam ser utilizadas em casos de emergência e criticam o presidente Joe Biden, por ter alienado algumas parcelas para reduzir o preço da gasolina.
O governo de Biden começou a vender barris da reserva estratégica de petróleo em março, para procurar responder à subida dos preços provocada em parte pela invasão russa da Ucrânia.
As reservas estão no nível mais baixo desde 1984. Em dezembro, o Departamento de Energia anunciou que ia começar a fazer compras para as repor.
"Enquanto os republicanos querem soluções que protejam os nossos fornecimentos de energia de emergência e aumentem a produção energética, os democratas estão dirigidos por grupos de extrema-esquerda, que querem que vivamos em casas sem aquecimento central nem ar condicionado, escreveu na rede social Twitter o congressista republicano Barry Loudermilk.
Já os democratas acusaram os republicanos de estarem a promover os interesses da indústria petrolífera.
"Os republicanos estão a seguir mais uma vez as ordens dos seus amigos das grandes petrolíferas, em vez de cuidarem da população norte-americana", argumentou a "n.º 2" dos democratas na Câmara dos Representantes, Katherine Clark.
Sustentou que o projeto republicano "perpetua" a dependência do país em relação às energias fósseis, "o que, no longo prazo, ameaça a segurança económica e nacional".
Em comunicado, a democrata acentuou que "a lealdade dos republicanos da Câmara aos interesses especiais voltou a expressar-se e a prejudicar os EUA no seu caminho para um futuro mais forte e sustentável".
Leia Também: Censos dos EUA poderão contar com novas categorias de raça e etnia
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