É cliente da MEO ou da NOS? Fatura fica mais cara a partir de hoje
Os preços da MEO e da NOS podem aumentar até 7,8% a partir desta quarta-feira, dia 1 de fevereiro. Saiba o que recomenda a DECO Proteste.
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Economia Telecomunicações
Se é cliente da MEO ou da NOS prepare-se para um aumento dos preços a partir desta quarta-feira, uma vez que a atualização dos valores das duas operadoras de telecomunicações entra em vigor com a chegada de fevereiro.
Preços da MEO ficam mais caros...
A Altice Portugal foi a primeira operadora a anunciar a atualização de preços a partir de fevereiro, sendo que os clientes que têm apenas voz fixa e os reformados com plano reformados estão excluídos deste aumento, disse à Lusa em outubro a presidente executiva, Ana Figueiredo. De acordo com a empresa, o universo de clientes que apenas têm voz fixa e plano de reformados é de 100 mil.
... e os da NOS também
A NOS anunciou uma atualização de preços semelhante à da Meo, que também se baseia no índice de preços no consumidor (7,8%) e que entra em vigor a 1 de fevereiro.
Fatura da Vodafone não escapa e também sobe em março
A Vodafone Portugal anunciou aos clientes que vai subir o preço dos serviços de telecomunicações "a partir de 1 de março, com um aumento máximo de 7,8%". Ao que indica a operadora de telecomunicações, a "atualização foi calculada com referência à taxa de inflação, baseada no Índice de Preços no Consumidor referente ao ano 2022 e publicado em cada ano pelo INE".
No caso da Nowo, esta "encontra-se numa situação muito particular, pois aguarda decisão final da Autoridade da Concorrência sobre o processo de aquisição deste operador por parte da Vodafone", recorda a DECO Proteste, sendo que a operadora já anunciou que vai manter os preços.
Aumento da fatura das telecomunicações "tem de ser claro", defende a DECO
As principais operadoras de telecomunicações já anunciaram que os preços vão subir nas próximas semanas, mas estes acréscimos devem ser claros e a comunicação dos mesmos "deve ser assegurada ao consumidor com uma antecedência de 30 dias", mesmo que a subida conste do contrato, defende a DECO Proteste.
"O início do ano costuma trazer aumentos nos tarifários das telecomunicações, mesmo para quem está fidelizado. Esta prática não é ilegal, mas deve ser anunciada de forma clara aos clientes. A Anacom tem de proteger melhor os consumidores", refere a DECO, numa nota publicada no seu site.
Ainda a este propósito, está marcada para esta quarta-feira uma conferência de imprensa da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) sobre os aumentos de preços dos serviços de comunicações eletrónicas anunciados para este ano.
O que fazer?
A DECO Proteste aconselha aos consumidores que verifiquem se pertencem "aos casos previstos na nova lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) perante os quais aos consumidores não podem ser cobrados custos de rescisão antecipada", consultando o contrato "para apurar se tem ou não a cláusula relativa à possibilidade de atualização de preços anuais com base na taxa de inflação (por exemplo, com base no índice de preços no consumidor), sendo que a obrigação legal do operador em comunicar antecipadamente os aumentos de preços só se aplica caso esta não esteja presente".
Além disso, "confira, ainda, todas as alterações que o operador fez posteriormente ao contrato inicial", sendo que "em alguns casos, os operadores enviaram adendas ao contrato com esta cláusula", refere.
Quando um operador propõe "uma alteração de preços acima do que está estipulado no contrato, a comunicação com o operador para se fazer uma rescisão sem custos teria de ser por escrito", pelo que "solicite ao operador as provas da sua comunicação, caso não encontre esta informação", acrescenta.
Além disso, "utilize a plataforma online de cessação dos contratos de telecomunicações se pretende terminar o contrato antes de acabar a fidelização", mas lembre-se de que terá de encarregar com os custos de rescisão", aponta.
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