O presidente do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública falava hoje numa audição parlamentar, na Comissão de Orçamento e Finanças.
"Os 'green bonds' [dívida verde] estão em estudo pelo Estado português, mas temos de ter também uma consciência do enquadramento dos 'green bonds' para um país pequeno como Portugal versus países grandes", afirmou.
Miguel Martín, que sucedeu a Cristina Casalinho na presidência do IGCP, explicou que "estes programas de emissão têm sempre um volume mínimo para garantir liquidez de mercado de três mil milhões".
"Um programa de três mil milhões em Portugal compara com um programa de 30 mil milhões em França", disse, em alusão à proporção face ao Produto Interno Bruto (PIB).
Para Miguel Martín, "Portugal para alimentar e manter líquido um instrumento de três mil milhões é muito mais difícil do que é para o Estado francês".
De acordo com o responsável do IGCP, estes títulos de dívida têm também associada "toda uma carga administrativa", que "não é fácil praticar".
Ainda assim, salientou que "há um entendimento geral que os 'green bonds' permitem uma diversificação dos investidores da dívida pública".
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