No dia em que Portugal se despede da troika, e com a garantia de uma saída limpa, anunciada por Passos Coelho, o presidente do BIC Português, Mira Amaral, afirma que esta opção, que apresenta riscos, foi “uma opção política que convinha ao Governo, aos nossos parceiros europeus e aos financiadores do programa do resgate”.
“Convinha ao Governo porque dizer que tinha uma saída limpa significava que tinha havido um grande sucesso e qualidade no programa de ajustamento e para os parceiros significava que não têm que pôr dinheiro em cima da mesa para um cautelar para ajudar Portugal caso este venha a ter dificuldades”, afirmou.
Embora afirme que tem dúvidas quanto ao real sucesso do programa de ajuda financeira de que o país foi alvo, afirma que “não se pode armar em santo” e que na situação de Passos tomaria a mesma decisão que o primeiro-ministro.
Na sequência desta decisão, o Presidente da Comissão Executiva do Banco BIC elogiou o facto de o Governo ter começado logo a tomar precauções, nomeadamente com a emissão de dívida e ao contrair um empréstimo, salientando que o pedido realizou-se não porque se precisasse “de financiamento, mas para precaver o ano de 2015”.