Bruxelas revê em alta previsões: Economia portuguesa crescerá 1% este ano

Previsões macroeconómicas intercalares de inverno foram atualizadas esta segunda-feira.

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Beatriz Vasconcelos com Lusa
13/02/2023 09:06 ‧ 13/02/2023 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia

comissão europeia

A economia portuguesa deverá crescer 1% este ano, um valor superior às anteriores projeções que apontavam para 0,7%, de acordo com as previsões macroeconómicas intercalares de inverno, atualizadas esta segunda-feira. 

"A economia portuguesa continuou a crescer no último trimestre de 2022, apesar das condições globais desafiantes", adianta Bruxelas

Nas previsões económicas de inverno, publicadas hoje, Bruxelas prevê uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1% este ano, após uma expansão de 6,7% em 2022.

As perspetivas representam uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais (pp.) e de 0,3 pp. para 2022 e 2023, respetivamente, face ao relatório de novembro. Contudo, para este ano, fixa-se abaixo da previsão do Governo, que espera uma expansão de 1,3%.

O executivo comunitário justifica que, "apesar da recente queda nos preços de energia no retalho e da melhoria do sentimento económico, as perspetivas de crescimento para o primeiro trimestre do ano permanecem fracas, dado que os consumidores e as empresas ainda enfrentam incertezas sobre os custos de energia nos meses de inverno".

Ainda assim, acredita que o crescimento melhore ligeiramente no segundo trimestre de 2023 e acelere ainda mais a partir de então.

A estimativa para Portugal alinha com a da média da zona euro, para a qual Bruxelas prevê um crescimento de 0,9%, e muito próxima da média da União Europeia (UE) de 0,8%.

A Comissão Europeia aponta para uma taxa de crescimento da economia portuguesa de 1,8% em 2024, num cenário de procura externa mais forte e preços das 'commodities' mais favoráveis.

Bruxelas dá ainda nota de que o consumo privado e as exportações líquidas contribuíram significativamente para a expansão do PIB em 2022, beneficiando de uma forte recuperação do turismo após o levantamento das restrições da pandemia.

Já a produção industrial e a construção civil "mantiveram-se relativamente fracas, sobretudo no último trimestre do ano, devido às condições externas desfavoráveis e à volatilidade dos preços das 'commodities".

[Notícia atualizada às 09h13]

Leia Também: As previsões de Bruxelas e outras 4 coisas a saber para começar o dia

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