O Vozpópuli noticiou que a Lone Star estaria a sondar a banca espanhola para vender a sua posição no Novobanco, citando várias fontes financeiras, mas o fundo norte-americano esclareceu, esta quinta-feira, que não iniciou contactos nesse sentido, nem pretende fazê-lo este ano.
"Ao contrário do referido em notícia recente, a Lone Star não iniciou quaisquer contactos para vender a sua posição no Novo Banco nem pretende iniciar um processo de venda este ano", disse o fundo, num esclarecimento formal enviado ao Notícias ao Minuto.
Contudo, ao que indica o Vozpópuli, a intenção do Lone Star passaria por vender o banco pelo seu valor contabilístico, próximo dos 2.000 milhões de euros.
Aliás, o mesmo jornal dá conta que, no setor, considera-se que o CaixaBank e o Santander são os bancos "em que mais se enquadraria" o Novobanco pela sua dimensão, escreve o mesmo meio de comunicação. A concretizar-se a operação, seria um "salto considerável" de ambas as instituições no mercado português.
O Notícias ao Minuto tentou obter uma reação junto do Novobanco, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.
Na semana passada, recorde-se, o Ministério das Finanças anunciou que o plano de reestruturação do Novo Banco está concluído. O processo, recorde-se, tinha sido iniciado em 2017 e a tutela indica que se encerra assim uma "etapa muito importante".
Nascido na resolução do BES (em 3 de agosto de 2014), para ficar com os depósitos e os ativos considerados de qualidade, o Novobanco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo Lone Star em 75%, mantendo 25% o Fundo de Resolução bancário (entidade da esfera do Estado financiada pelas contribuições dos bancos e gerida pelo Banco de Portugal).
O Lone Star não pagou qualquer preço, tendo injetado 1.000 milhões de euros no Novobanco.
[Notícia atualizada às 18h02 do dia 23 de fevereiro de 2023 com o esclarecimento da Lone Star.]
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