Wizz Air suspende voos para a Moldova por motivos de segurança
Medida entra em vigor já no próximo dia 14 de março e surge numa altura em que aumentam as tensões entre a Rússia e a Moldova.
© BEN STANSALL/AFP via Getty Images
Economia Guerra na Ucrânia
A companhia aérea Wizz Air anunciou, esta segunda-feira, que irá suspender os voos para a capital da Moldova, Chisinau, a partir de 14 de março. Em causa, segundo um comunicado citado pela agência de notícias Reuters, estão preocupações sobre a segurança do espaço aéreo, numa altura em que aumentam as tensões entre a Moldova e a Rússia.
“A segurança dos passageiros e da tripulação continua a ser a prioridade número um da Wizz Air e, na sequência dos recentes desenvolvimentos na Moldova e do elevado, mas não iminente, risco no espaço aéreo do país, a Wizz Air tomou a difícil mas responsável decisão de suspender todos os voos para Chisinau a partir do dia 14 de março”, disse a empresa em comunicado.
A autoridade da aviação civil da Moldova revelou que foi avisada da medida da transportadora low-cost húngara por e-mail e lamentou “a decisão súbita”.
“Após a análise dos riscos, as agências governamentais determinaram que os voos no espaço aéreo nacional podem ser efetuados em segurança, seguindo uma série de procedimentos, e lamentam a súbita decisão da Wizz Air”, lê-se num comunicado do governo moldavo.
A autoridade afirmou ainda que, à semelhança do Ministério das Infraestruturas da Moldova, tem estado “em constante cooperação” com a Wizz Air e que tomará “todas as medidas necessárias” para que a transportadora volte a operar no aeroporto de Chisinau.
A escalada de tensões entre a Moldova e a Rússia surge após a presidente Maia Sandu ter denunciado as intenções da Rússia de encenar um golpe de Estado na Moldova através dos protestos da oposição, infiltrando-se neles com pessoal formado por militares de países como a Bielorrússia, Sérvia e Montenegro.
Segundo a líder, este alegado plano incluiria "sabotagem e treino militar de pessoas disfarçadas de civis", cuja principal tarefa seria "realizar ações violentas, ataques a edifícios governamentais e tomada de reféns".
Posteriormente, o novo governo da Moldova, liderado pelo primeiro-ministro Dorin Recean, exigiu que a Rússia retirasse o armamento e as forças destacadas na região separatista da Transnístria.
Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia alegou que a Ucrânia estará a fazer "preparativos" para uma "invasão" da Transnístria. No entanto, o Ministério da Defesa moldavo considerou tratar-se de “falsas informações divulgadas que visam semear o pânico”.
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