"Nesta fase, é possível que continuemos no mesmo caminho", disse a presidente do BCE, em declarações ao canal de televisão espanhol Antena 3.
Lagarde não avançou qual será a dimensão de possíveis aumentos a adotar depois da reunião de 16 de março e considerou que "é impossível dizer" até onde as taxas devem aumentar, explicando que as decisões são tomadas "em função dos dados" disponíveis nas próximas reuniões.
Desde julho de 2022, as taxas de BCE registaram sucessivas subidas e a principal taxa diretora está atualmente em 3%, numa altura em que a inflação ultrapassa largamente a taxa de 2% a médio prazo, fixada como meta pela instituição.
A taxa de inflação na zona euro recuou em fevereiro para 8,5%, quando em janeiro estava em 8,6%, indicou hoje o Eurostat, mas a descida foi menos acentuada do que o previsto, devido aos preços elevados dos produtos alimentares.
Os mercados antecipam que o BCE aumente a sua taxa de depósitos, que serve de referência, para 4%, quando o nível atual é de 2,5%.
Lagarde limitou-se a afirmar que quer que os custos do crédito alcancem "níveis que limitem a atividade económica" e que permaneçam assim até a inflação atingir o objetivo definido.
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