CGD admite vir a fazer aquisições, sejam grandes ou pequenas

O presidente da CGD disse hoje que o banco público está focado em devolver capital ao Estado, mas também admitiu que possa vir a fazer aquisições, sejam grandes ou pequenas.

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Lusa
02/03/2023 19:52 ‧ 02/03/2023 por Lusa

Economia

CGD

Na conferência de imprensa dos resultados de 2022 (lucros de 843 milhões de euros), Paulo Macedo foi questionado sobre eventuais fusões na banca em Portugal, sobretudo quando se fala de o Novo Banco vir a estar no mercado, o que deverá movimentar o setor.

Segundo Macedo, o foco da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é manter a solidez e devolver ao Estado o capital que este injetou no banco. "É o que temos estado a fazer e gostaríamos de intensificar", afirmou. Depois, disse, o banco analisa eventuais compras.

"Depois também podemos estar disponíveis para fazer aquisições, sejam elas grandes sou pequenas", afirmou.

Em qualquer aquisição, acrescentou, tem de haver "a convicção de que o resultado é superior, de ganhos concretos" e "sentir que há vantagem para a Caixa, para o Estado".

O gestor disse que o objetivo da CGD é "manter liderança, baixar substancialmente o risco, ser rentável e continuar a ter a dimensão de maior banco português".

Questionado sobre se para isso tem de fazer uma operação com o Novo Banco, para a CGD se manter líder, Macedo disse que na CGD não há obsessão pela liderança, "mas tem valor ser líder".

"Não faz sentido ser banco público e ter quota que não permita intervir na economia ou influenciar, a Caixa claramente influencia as comissões (ao ter mais baratas), os 'spreads' (ao ter mais baratos), etc. etc", afirmou.

Em janeiro, em audição no parlamento, Paulo Macedo disse que, com a CGD reforçada, "não aconteceria um banco estrangeiro comprar o Banif e o Banco Popular por um euro".

Leia Também: CGD quer entregar edifício-sede ao Estado como dividendo em espécie

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