Petrobras dará prioridade à geração eólica offshore no Governo de Lula

O presidente da petrolífera brasileira, Jean Paul Prates, disse hoje que uma das prioridades da empresa durante o Governo de Lula da Silva será o desenvolvimento de gigantescos parques eólicos offshore.

Notícia

© Getty Images

Lusa
02/03/2023 23:58 ‧ 02/03/2023 por Lusa

Economia

Jean Paul Prates

Prates, na primeira conferência de imprensa que deu depois de assumir o leme da maior empresa estatal brasileira, explicou que, embora a Petrobras não vá abandonar os seus principais ativos ou a exploração de hidrocarbonetos, irá concentrar-se nas energias renováveis para iniciar um processo de transição energética no Brasil.

"As empresas de energia eólica e hidrogénio verde são as novas fronteiras e vamos investir nelas de forma responsável, procurando parcerias com grandes empresas que já têm experiência no setor", disse o senador numa conferência de imprensa no Rio de Janeiro.

Prates disse que o Brasil tem grande potencial para a produção de energia eólica em parques eólicos offshore e que a empresa, com as suas plataformas gigantescas de hidrocarbonetos offshore, já tem experiência na construção de estruturas para essa produção.

Esclareceu que, apesar da necessidade imperativa de intensificar a descarbonização e avançar para uma economia de baixo carbono, a Petrobras não abandonará a produção de petróleo e gás porque ainda é necessária para fornecer energia e gerar riqueza para o Brasil.

"A produção de petróleo e de gás não vai desaparecer de um momento para o outro. Terá ainda de coexistir durante muito tempo com as fontes renováveis. Procuraremos a diversificação, mas sem negligenciar os negócios importantes", disse.

Neste sentido, afirmou que a empresa continuará a destinar a maior parte dos seus investimentos à produção de hidrocarbonetos no pré-sal, o horizonte de exploração em águas muito profundas que transformou o Brasil num grande exportador de petróleo e que é o ativo mais importante da empresa.

"A Petrobras também não se absterá de investir em novas fronteiras, como a margem equatorial", acrescentou, referindo-se às enormes reservas descobertas pela Guiana e Suriname em áreas próximas da foz do rio Amazonas, que o Brasil só recentemente começou a explorar.

Segundo Prates, quando o pré-sal foi descoberto há duas décadas, havia desconfiança quanto à viabilidade de produzir petróleo em águas tão profundas e sob uma camada de sal com dois quilómetros de espessura, e o mesmo se aplica agora quando a energia eólica está a ser explorada.

"Hoje o pré-sal é responsável pela maior parte da produção da Petrobras e ajudou-nos a gerar resultados como o recorde do ano passado", disse, referindo-se ao lucro recorde da empresa em 2022 de 188,3 mil milhões de reais (cerca de 34,1 mil milhões de euros) em 2022, um aumento de 76,6% em relação ao ano anterior.

Leia Também: Lula da Silva ataca valores pagos em dividendos pela Petrobras

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas