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Inflação em Angola deve descer para menos de 13% este ano

A consultora Oxford Economics vai rever a previsão de inflação em Angola para menos de 13% este ano, considerando que o abrandamento dá espaço para o banco central descer a taxa de juro em mais 250 pontos base.

Inflação em Angola deve descer para menos de 13% este ano
Notícias ao Minuto

09:56 - 06/03/23 por Lusa

Economia Oxford Economics

De acordo com a opinião destes consultores, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a subida dos preços em Angola deverá ir abrandando gradualmente para chegar ao final do ano abaixo dos 13%, o que representa uma redução da previsão, já que o departamento africano desta consultora britânica previa um aumento dos preços de 14,6% em janeiro.

"Os dados mais recentes sobre a inflação são mais baixos do que o que prevíamos, por isso deveremos descer a nossa previsão para 2023", escrevem os analistas no comentário à inflação de janeiro, que foi de 12,6% face ao período homólogo de 2022.

"Ao contrário da maior parte do resto do mundo, Angola registou no ano passado uma descida sustentada da inflação, principalmente devido a um fortalecimento da moeda local em 2022 face ao ano anterior, e um declínio generalizado dos preços alimentares desde maio de 2022", acrescentam os analistas, notando que o panorama permanece positivo para o resto deste ano.

Os analistas indicam ainda que "a perspetiva de evolução da inflação no país permanece positiva, com a inflação a dever abrandar devido ao efeito base, um declínio previsto nos preços globais alimentares e um abrandamento das taxas de crescimento dos agregados monetário e creditício".

A nível do continente africano, a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a inflação desça para 14,4% este ano e 9,6% no próximo ano.

No relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspetivas para 2023, divulgado em janeiro, a ONU considera que, entre as várias regiões africanas, as que registarão uma maior inflação no corrente ano são o Norte de África (16%), a África Ocidental (15,1%) e a África Austral (14,6%).

Ainda com uma inflação na casa dos dois dígitos surge a África Oriental, com 11%, e, com a menor percentagem, a região da África Central, com 3,6% de inflação em 2023.

Num panorama mais geral, a inflação global deverá permanecer elevada em 2023, em 6,5%, e a produção mundial desacelerará face a 2022, fixando-se em 1,9%, anunciou a ONU, pedindo aos governos que evitem a austeridade.

Leia Também: Chefes da diplomacia portuguesa e angolana reúnem-se hoje em Lisboa

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