Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa adianta que as receitas totais caíram 2,6% para 185,2 milhões de euros, mas "foi o segundo melhor resultado, no que respeita à faturação, dos últimos cinco anos".
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 45,5% para 16,8 milhões de euros.
Os custos operacionais subiram 5,7% para 168,5 milhões de euros, em consequência, refere a Impresa, "principalmente, da resposta ao ataque informático sofrido em janeiro" do ano passado, "do aumento de custos com produção e energia, da cobertura da guerra da Ucrânia, do aumento da competitividade das grelhas da SIC e de indemnizações".
No ano passado, a dívida remunerada líquida recuou 31,4 milhões de euros, ou 22,6%, para 107,2 milhões de euros.
As receitas de televisão caíram 3,1% para 159,9 milhões de euros e as de 'Publishing' cresceram 2,5% para 24,4 milhões de euros.
"As receitas com publicidade, representativas da maior parcela de receitas da Impresa, cresceram 0,2%", refere o grupo, no comunicado.
"O Expresso continua a ser o jornal mais vendido em Portugal, com uma média de 94 mil exemplares por edição, segundo os dados da APCT, de janeiro a dezembro de 2022", adianta, referindo que liderou as vendas em banca, "com uma média de quase 45 mil exemplares, e também as vendas digitais, que superaram a média de 47 mil exemplares" e o universo de 'websites' do título "registou um alcance médio mensal de 2,6 milhões de visitantes únicos" no ano passado.
No segmento Publishing, "no que respeita a custos, verifica-se um aumento de 9,5%, justificados pelo aumento do preço do papel do jornal Expresso, pelo ataque informático e pela cobertura da guerra na Ucrânia".
O aumento das receitas e dos custos operacionais de Publishing resultou "num EBITDA positivo que atingiu 2,3 milhões de euros, uma redução de 1,4 milhões de euros face ao registado nas contas de 2021.
O EBITDA após ajustamento de reestruturação foi de 3,2 milhões de euros, "menos 0,5 milhões de euros em termos homólogos".
A Infoportugal registou receitas operacionais de 1,2 milhões de euros, "representando um decréscimo de 23,8% relativamente a 2021".
O EBITDA deste segmento foi negativo, no montante de 2,5 milhões de euros e de 2,2 milhões de euros ajustados de valores de reestruturação.
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