A ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, prepara-se para avançar com um pedido de indemnização milionário após ter sido dispensada de funções. Segundo a SIC Notícias, em causa poderão estar 3,5 milhões de euros.
A gestora francesa, recorde-se, foi exonerada esta semana na sequência da divulgação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a saída da ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis da TAP e o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros.
Segundo avança a estação de Paço de Arcos, Ourmières-Widener prepara-se agora para avançar com um pedido de indemnização sete vezes superior àquele que foi pago a Alexandra Reis.
Em causa está o facto de o contrato entre a francesa e a companhia aérea só terminar em 2025 e o pagamento de um bónus relativo à reestruturação da empresa.
Feitas as contas, são 500 mil euros por ano que resta do contrato - 1,5 milhões de euros -, aos quais acrescem dois milhões referentes ao pagamento do bónus - 80% do salário bruto ao longo dos cinco anos de contrato.
À SIC Notícias, fonte do executivo garantiu que “em caso nenhum haverá pagamento de verbas sequer próximas destes valores”, já que “é hoje claro para todos que se aplica o estatuto do gestor público”.
Após a divulgação do relatório, a CEO demitida da TAP revelou estar perplexa por ter sido "a única pessoa diretamente envolvida [na auditoria] que não foi ouvida pessoalmente perante a IGF" e que vai tirar "em devido tempo, todas as consequências legais" daquele que considera ter sido um "comportamento discriminatório".
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