Num comunicado divulgado hoje, o Mais - Sindicato do Setor Financeiro e os sindicatos dos Bancários do Centro (SBC) e do Setor Financeiro de Portugal (SBN) referem que "houve instituições que aceitaram o repto sindical e incluíram os seus trabalhadores em situação de pré-reforma no apoio extraordinário" atribuído em 2022, por vários bancos, aos seus trabalhadores face à escalada dos preços.
"Foi o caso, por exemplo, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém, CRL, que atribuiu aos pré-reformados 750 euros, tal como aos ativos", destaca.
Por sua vez, acrescentam, "outras, como o Montepio -- com somente três pré-reformados --, ainda não se pronunciaram, pelo que os sindicatos aguardam com expectativa uma resposta positiva".
Já outros bancos, como a CGD ou o Santander Totta, "recusaram o pedido sindical de apoio extraordinário aos pré-reformados": "Os dois bancos com mais lucros em 2022, respetivamente 843 milhões de euros (mais 44,5% que há um ano) e 568 milhões de euros (mais 90%), mostram-se indiferentes às dificuldades por que estão a passar aqueles que durante anos contribuíram com o seu profissionalismo para que alcançassem a robustez que hoje ostentam", lamentam os três sindicatos bancários da UGT.
Segundo referem, "em causa estão, no caso da CGD, 70 trabalhadores e, no caso do Santander Totta, nove".
Em causa estão um grupo de bancários, pré-reformados, que, devido à sua situação laboral, não beneficiaram de qualquer apoio extraordinário, o que levou o MAIS, o SBC e o SBN a solicitarem aos bancos "que lhes aplicassem as medidas decididas para os trabalhadores no ativo".
De acordo com os sindicatos, "os trabalhadores em situação de pré-reforma são um pequeno grupo de pouco mais de duas centenas no total do universo bancário e representam uma ínfima parte em cada instituição", sendo que, "na maior parte delas, há apenas um, dois ou três casos".
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