"O conselho está reunido para trocar pontos de vista e informar os membros sobre os recentes desenvolvimentos no setor bancário", afirmou um porta-voz citado pela imprensa alemã.
Já no início da semana tinha havido uma reunião extraordinária devido à turbulência no setor bancário que agita as memórias de 2008 quando os problemas nos EUA levaram a uma crise financeira global.
Agora nos EUA, o banco regional First Republic entrou numa situação difícil porque os clientes levantaram uma grande parte dos seus depósitos, o que criou preocupação após o colapso do Sillicon Valley Bank em 10 de março e do Signature Bank em 12 de março.
Na Europa, o banco suíço Credit Suisse tem estado em dificuldades e recebeu uma injeção de capital de 50.000 milhões de francos suíços do Banco Central Suíço para ultrapassar dificuldades de liquidez.
O Credit Suisse é um dos 50 bancos considerados "sistemicamente importantes" para o sistema financeiro internacional.
Há receios de contágio e de uma crise de confiança que pode levar a levantamentos de depósitos, o que poderá arrastar outros bancos.
Nos mercados bolsistas europeus, as ações dos bancos têm vindo a negociar em níveis mais baixos desde o início da turbulência.
Apesar da situação crítica, o BCE manteve na quinta-feira o seu curso de subida das taxas de juro e aumentou-as em meio ponto percentual.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reconheceu que alguns membros do conselho de governadores tinham votado contra a decisão e teriam preferido esperar que a situação no setor bancário se desenvolvesse.
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