A falta de elementos do Serviço de Estrangeiros e fronteiras (SEF) levou a esperas que superaram as duas horas e provocaram a perda de alguns voos a passageiros que pretendiam embarcar no aeroporto internacional Gago Coutinho, em Faro, sobretudo durante a manhã, mas "a situação está a melhorar" e tende a normalizar, assegurou a ANA à agência Lusa.
Os passageiros mais afetados foram os que tinham como proveniência e destino o Reino Unido, cuja saída da União Europeia obriga agora a proceder ao controlo documental nas partidas e nas chegadas, ao contrário do que acontece com os destinos que integram o espaço comunitário Schengen, esclareceu a empresa gestora aeroportuária portuguesa.
"Devido à greve da função pública, registaram-se hoje, no controlo de fronteira do Aeroporto Gago Coutinho, tempos de espera elevados, ultrapassando as duas horas no período da manhã. Esta situação causou, para além do incómodo para os passageiros atingidos, a perda de alguns voos. A situação está a melhorar, prevendo-se que assim continue", informou a ANA.
A mesma fonte esclareceu que foram mobilizadas as equipas do aeroporto para prestar apoio aos passageiros e diminuir o desconforto causado pelos tempos de espera elevados, como o fornecimento de águas ou a assistência a passageiros com maiores dificuldades de locomoção.
"As equipas estão em contacto permanente com as autoridades competentes e companhias aéreas", referiu ainda a empresa, salientando que esta situação foi exclusiva de Faro e não se registou em mais nenhum aeroporto nacional.
A greve nacional na função pública provocou hoje de manhã demoras no controlo de fronteira no aeroporto de Faro, que está a ser assegurado por serviços mínimos, disse à Lusa fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
A fonte referiu que o controlo de fronteira no aeroporto está a funcionar com seis inspetores do SEF por turno em vez dos habituais nove e que o tempo de espera duplicou durante a manhã, altura em que chegaram mais voos do Reino Unido.
Segundo a fonte, a greve não causou perturbações nos controlos de fronteira de outros aeroportos nem em outros serviços do SEF.
No SEF, a paralisação teve, durante a manhã, até às 13:00, uma adesão de 70 inspetores, de um universo de 900, e de 106 funcionários do regime geral de carreiras, de um total de 600.
Os trabalhadores da administração pública estão hoje em greve nacional por aumentos salariais imediatos.
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