O primeiro navio da nova frota 100% elétrica da Transtejo acaba de chegar ao Porto de Lisboa, após uma viagem que começou no Porto de Avilés, Espanha.
Segundo comunicado da empresa, depois de descarregado, o navio de transporte o 'Cegonha – Branca' navegará em direção às instalações da empresa, em Cacilhas, "onde fará a sua primeira ligação a terra para carregamento de energia, sob acompanhamento de equipas técnicas especializadas".
Durante a próxima semana, o navio 'Cegonha – Branca' fica disponível para vistorias técnicas por parte da DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, fase à qual se segue o processo de legalização, em que se destaca a emissão do certificado de navegabilidade e do registo do título de propriedade.
Paralelamente à construção dos próximos três navios, cuja chegada a Lisboa está prevista para o final deste ano, encontra-se em curso a construção das cinco modernas estações de carregamento, nos terminais fluviais do Seixal, do Cais do Sodré, de Cacilhas e do Montijo, "que proporcionarão o carregamento rápido dos navios, durante as operações de tomada e largada de passageiros. Prevê-se a entrada em funcionamento destas estruturas durante o 2.º semestre deste ano", pode ler-se.
Até lá, durante a fase de formação das tripulações, será utilizado o sistema de carregamento instalado na doca sita em Cacilhas.
Ainda segundo a nota, a nova frota permitirá "melhorar a experiência da viagem fluvial, alcançar ganhos em eficiência energética, reduzir os atuais custos de manutenção e eliminar a emissão de C02 no Transporte Público".
Os novos navios 100% elétricos, permitirão, ainda, uma operação fluvial isenta de ruído, vibrações e odores, pelo que o projeto constitui, de facto, um assinalável contributo para a promoção da mobilidade sustentável na AML – Área Metropolitana de Lisboa.
Recorde-se que segundo um relatório do TdC, o conselho de administração da Transtejo/Soflusa é acusado de práticas ilegais e irracionais e na sequência do qual pediu a exoneração, já aceite pelo Governo.
Em causa está a compra de nove baterias, pelo valor de 15,5 milhões de euros (ME), num contrato adicional a um outro contrato já fiscalizado previamente pelo TdC para a aquisição, por 52,4 ME, de dez (um deles já com bateria para testes) novos navios com propulsão elétrica a baterias, para assegurar o serviço público de transporte de passageiros entre as duas margens do Tejo.
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