O défice das Administrações Públicas, em contabilidade nacional, caiu para 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, abaixo da meta oficial do Governo, após se ter situado nos 2,9% em 2021, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira. Já a dívida pública caiu para 113,9% do PIB em 2022.
"De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, em 2022 o saldo das Administrações Públicas (AP) atingiu -944,4 milhões de euros, o que correspondeu a -0,4% do PIB (-2,9% em 2021). A dívida bruta das AP terá diminuído para 113,9% do PIB em 2022 (125,4% no ano anterior)", pode ler-se no comunicado do INE.
Tanto o Governo como os economistas consultados pela Lusa estimam que o défice se tenha fixado abaixo de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Governo estimava, na proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), um défice de 1,9% do PIB, mas o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Finanças, Fernando Medina, têm vindo a sinalizar que acreditam que será inferior a 1,5%.
Também os economistas consultados pela Lusa esperam que o saldo orçamental negativo se tenha situado abaixo da meta oficial do executivo.
Em 2021, o défice orçamental foi de 2,9%.
Os dados da execução orçamental, em contabilidade pública, revelaram um défice de 3.591 milhões de euros em 2022, 1.600,8 milhões abaixo do previsto no Orçamento e uma melhoria de 5.018 milhões de euros face a 2021.
Os dados que serão divulgados pelo INE hoje são na ótica da contabilidade nacional, usada tradicionalmente para as comparações internacionais.
O organismo de estatística nacional publica a primeira notificação do Procedimento dos Défices Excessivos, que são entregues pelos Estados-membros a Bruxelas, estando associados os principais agregados das Administrações Públicas e as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional.
[Notícia em atualização]