"Representantes das câmaras de comércio, representantes das câmaras municipais portuguesas, representantes de empresas portuguesas, brasileiras" e até representantes de empresas moçambicanas, resumiu assim à Lusa o secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, enfatizando o espírito de negócios que se vive hoje na Feira Internacional de Negócios em Florianópolis.
Organizada pela Câmara de Comércio Brasil Portugal de Santa Catarina, Instituto Jovem Exportador e Associação de Jovens Empresários Portugal/China (AJEPC) arrancou na terça-feira e termina hoje com o objetivo de estabelecer uma rede de cooperação entre empresas da Europa, Ásia, América e África.
No dia seguinte, na mesma cidade, arranca a 10.ª Reunião Mundial anual das Câmaras de Comercio portuguesas, que contará com a presença de dezenas de câmaras de comércio portuguesas espalhadas pelo mundo, do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, do conselheiro Económico e delegado da AICEP no Brasil, Francisco Saião Costa, do secretário de Estado da Internacionalização, entre outros.
"Cada vez mais o Governo português vê as câmaras como parceiros na sua atividade económica", afirmou à Lusa o presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Armando Abreu, enfatizando ainda para o facto de cada vez mais existir uma parceria e uma ação complementar entre as embaixadas, o AICEP e as 65 câmaras de comércio portuguesas espalhadas pelo mundo.
"Muita da política, seja de internacionalização de empresas, seja de captação de investimento para Portugal é complementado e feito em paralelo com as ações das câmaras de comércio pelo mundo inteiro", frisou.
O objetivo para o futuro, explicou Armando Abreu, passa pela formulação dos estatutos da Rede Mundial das Câmaras.
Bernardo Ivo Cruz foi incisivo relativamente à importância das câmaras de comércio portuguesas e o papel que têm entre o Estado e o privado: "já trabalhamos, mas queremos trabalhar ainda mais".
"Reconhecemos a crescente importância das câmaras de comércio portuguesas no mundo como instrumento de apoio e de promoção das empresas portuguesas que já estão nesses países, mas também como instrumento de apoio à entrada de novas empresas portuguesas", frisou.
O secretário de Estado da Internacionalização espera por isso uma colaboração com o AICEP e o reforço "numa relação cada vez mais íntima, mais próxima, que permita que as câmaras possam prestar apoio às empresas portuguesas, mas que possam prestar também apoio às empresas portuguesas que querem ir para onde essas câmaras estão".
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