O primeiro-ministro, António Costa, quando questionado sobre se está preocupado com os resultados da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, sublinhou que "nunca" se preocupa "quando se trata de apurar a verdade".
"Nunca estou preocupado quando se trata de apurar a verdade", respondeu aos jornalistas, esta terça-feira, no Palácio Foz, em Lisboa, numa sessão destinada a assinalar o fim do processo legislativo da nova lei que permitirá às instituições de Ensino Superior Politécnico atribuírem graus de doutoramento.
Interrogado se o Governo está preocupado com o que hoje dirá a presidente executiva demissionária da TAP, Christine Ourmières-Widener, na comissão parlamentar de inquérito, e também sobre o facto de o líder do PSD, Luís Montenegro, ter acusado o direito financeiro desta empresa, Gonçalo Pires, de ter mentido na Assembleia da República, o primeiro-ministro respondeu: "Apure-se a verdade, o país nunca fica pior sabendo-se a verdade, pelo contrário, fica sempre melhor, seja ela qual for e doa a quem doer".
"Para já, não antecipemos os resultados e deixemos quem está a trabalhar, trabalhar, concluir os relatórios. Depois, se houver ilações a tirar, tiram-se ilações", acrescentou.
Recorde-se que a proposta do Bloco de Esquerda para constituir uma comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP foi aprovada no parlamento, contando com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes.
Os bloquistas pretendem que seja averiguado pelo parlamento o "processo de cooptação, nomeação ou contratação de Alexandra Reis para a administração" da companhia aérea, bem como "dos restantes administradores e os termos da aplicação do respetivo enquadramento jurídico".
Do objeto do inquérito parlamentar defendido pelo BE faz ainda parte o processo de desvinculação de membros dos órgãos sociais da TAP e "a prática quanto a pagamentos indemnizatórios", bem como "as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais", nas suas várias componentes.
[Notícia atualizada às 13h22]
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